Luís Nassif e a VEJA

Todos conhecem o comunicador Luís Nassif, em exemplo de cidadão e jornalista. Inclusive ele é um ótimo músico. Pois numa dessas, ele denunciou certos descaminhos sociopolíticos proporcionados pelo pessoal da redação da Revista VEJA. Em nenhum momento das denúncias feitas por Nassif contra VEJA, a revista teve como desmentir os fatos apontados pelo jornalista. Desde o primeiro minuto a revista e a editora que edita VEJA se limitaram a tentar intimidar, ameaçar e desqualificar.

Como diz o jornalista Laerte Braga, no Portal Adital, “esta é a tática dessa gente. Não compreendem e nem entendem um meio diferente do que vivem e nesse meio sujo e sórdido que vivem, atacam para se defender. É a tal hipocrisia e o falso moralismo que cercam os bandidos”.

Sem ter argumentos para rebater as denúncias do jornalista, na ausência de uma escoro moral e fático, a revista apelou para a baixaria, tentando intimidar e denegrir a imagem, invadindo a privacidade e a vida particular de Nassif, usando a calúnia como arma, já que nada mais ético sabiam usar.

“Hoje de manhã – disse Nassif – minha mulher desabou, com labirintite e fortes crises de choro. À noite ela tinha ido conferir o blog de VEJA. Lá, ataques de toda espécie, agora enveredando pelo lado familiar, com posts, comentários e até insinuações de ‘corno’. É a malta desvairada de comentaristas anônimos espalhando esgoto por todos os poros”. Este é o tamanho do jornalismo da revista. A resposta do jornalista revela o tamanho da sua dignidade:

“O que vou fazer não sei. Sei o que não irei fazer. Quando comecei a escrever esta série, antes disso, quando comecei a ser alvo das baixarias da VEJA, recebi informações sobre familiares de um diretor da revista, inúmeros episódios catárticos envolvendo o blogueiro da revista, tanto atualmente como do passado. Recebi e-mails de parentes próximos dos agressores. Circulo em um meio em que é fácil obter informações. Algumas delas são sobre amantes, preferências sexuais, ataques de histeria. Dispondo de tais informações, mais as demonstrações explícitas de desequilíbrio no blog, seria facílimo traçar um perfil psicológico do agressor. Teria o direito de fazer isso, agora que estou sendo alvo de tamanha baixaria? É evidente que não! Os atingidos seriam esposas e filhos que nada têm a ver com o desequilíbrio e a falta de escrúpulos dos pais. Aliás, quando vejo minhas filhas perguntando por que a mãe chora, penso nas filhas desses agressores. E isto me dá uma profunda pena. O grande teste, a ser superado, é não ceder à tentação de enveredar pela trilha da crueldade. Tive uma curta conversa com minha mulher, porque precisei sair correndo de casa para o trabalho. Tentei transmitir-lhe confiança. Vamos montar uma blindagem para que essas baixarias não cheguem às nossas crianças. A luta continua. E sem sair da linha”.

As lições que Luís Nassif proporciona com sua atitude revelam a disparidade de quem faz um jornalismo canalha e quem o faz com ética e dignidade.

Filósofo

Doutor em Teologia Moral

Antônio Mesquita Galvão
Enviado por Antônio Mesquita Galvão em 10/04/2008
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