DO "LEÃO" AO PASTELÃO!
Quem de nós, com perdão da expressão, já não se pegou fazendo aquela "economia burra"?
Principalmente nós mulheres, donas de casa, que não resistimos à algumas ofertinhas de produtos não tão conhecidos, e que tão logo percebemos QUE ENTRAMOS NUMA FURADA?
Pois é, acontece com todos: Sabões que não limpam, roupas que não duram, perfumes que não fixam, enfim, uma infinidade de bugingangas que existem por aí, às vezes trocados mais baratas, que enganam o olhos...mas sem qualidade alguma.
Mas dessa vez, me parece que a "falsa economia' do barato que custa caro, permeia a esfera social do país.
Refiro-me à recente epidemia de dengue!
Outro dia ainda pensava em como os ingerenciamentos se instalam sorrateiramente, e como as suas repercurssões são catastróficas!
Até podem demorar, mais um dia aparecem aos nossos olhos nús, que se negam a acreditar no que vêem.
E não é novidade que a saúde pública nos últimos tempos tem sido relevada ao último plano.
Alguém até poderá discordar, mas os fatos apontam para isso!
Não se faz saúde sem profissionais da saúde, certo?
Além se não se investir na formação dos mesmos, os que existem na rede são explorados, desvalorizados, humilhados, não reciclados a contento, e muito mal distribuídos, assim como também o são os demais recursos e equipamentos de saúde, no âmbito do território Nacional.
E não estou aqui falando de competência, que temos sim, indiscutivelmente!
Nossos profissionais e nossa ciência são muito bem postados na qualidade científica que se vê pelo mundo!
Soube recentemente que que em gestões recentes, muitos agentes de saúde, aqueles que saem para vigilância "em campo" das condições sanitárias, foram dispensados dos seus postos!
Aqui em São Paulo,existem muito profissionais de vários estados que vieram a procura de melhores condições de trabalho e justa remuneração.
Agora vejam que interessante: Em plena epidemia de dengue, depois do CUSTO ALTO PAGO COM VIDAS, remunera-se ao profissional convocado para atuar na catástrofe, em um dia, o que não se paga pelo seu salário base de um mês, durante uma longa história da saúde pública!
Portanto um ato de desespero que denuncia a precariedade salarial dos mesmos!
E ainda aventaram a possibilidade de trazer médicos de fora.
Minha gente, o problema não é científico, será que ninguém enxerga isso?
As doenças infecto contagiosas nos rondam, algumas ameaçam ressuscitar entre nós, e podem apostar: tem médico de país de primeiro mundo, ou dos países que cuidam e PRIORIZAM a saúde e os seus profissionais, que nunca tiveram contato e experiência clínica com muita dessas zoonoses!
Deviam é chamar os profissionais Africanos, isso sim!
E só relembrando: prevenir é sempre melhor do que remediar, porque as emendas, sempre saem piores que os sonetos!
E enquanto isso, nesse enorme pastelão administrativo, seguimos por aí, entre picadas de mosquitos...e dolorosas mordidas do LEÃO.
E não é para se desesperar?