O Modelo Ideal?
Modelo, base de referencia preferencial que se tem por livre opção de escolha. Que bom que conseguimos conversar e se pelo menos não convergir, interagir e exercitar reflexão. Na realidade esta é a democracia e o modelo que move e motiva o meu coração, modelo este que nos permite expressar opiniões diferentes mesmo quando buscamos objetivos iguais, como por exemplo, de um Brasil melhor. Desta forma saúdo os leitores e concidadãos que se informam, lendo ou expressando com qualidade por meio da Sentinela, as suas idéias. Assim a real democracia efetiva a trilha ética da exposição das idéias e da reflexão de todos.
Ainda falando sobre modelo, o que preferimos? Chavez ou Bush? Este ou aquele partido? Capitalismo ou socialismo? Na minha forma de ver toda e qualquer posição que se advogue pela ótica dos extremos torna-se potencialmente perigosa. Defesas de idéias ou conceitos por pura paixão ou sentimentos de revanche rouba-nos a possibilidade do brilhantismo que reside nas controvérsias que buscam interação e o bem de todos. Idéias ou convicções que afetam a todos precisam ser tratadas com o pensar de todos, e não na perspectiva de uma afeição clubistica. Neste sentido posso afirmar que não torço por algum partido, idéia ou filosofia política. Faço apologia pela ética pratica, não pela estética das ações, como por exemplo, o jogo político que se faz para a arquibancada eleitoral. Por este motivo não defendo o capitalismo selvagem de Bush , bem como não admito a truculência verbal e administrativa de Chavez, para mim, opositores tão iguais.
Ao exaltar a democracia americana, fixo-me nos fatos de uma real democracia, na qual vota quem quer e sabe que deve influir nos destinos da nação, ao contrário do que encontramos aqui, voto obrigatório e muitas vezes encabrestado, nem sempre apenas pelas “classes dominantes”. Os delegados que votam e exercem os seus direitos ao gerar o líder presidencial americano, efetivam as suas escolhas com fidelidade absoluta àqueles que os elegeram como seus representantes, ao contrario do que se observa no congresso nacional, no qual, os “nossos representantes” pautam-se pelas agendas partidárias em detrimento ao anseio popular dos que os elegeram.
Se redundo ao dizer que prefiro um modelo democrático de gestão do que um pseudo-democratico como o nosso, onde se diz, votamos e fingimos decidir, e os eleitos fingirão que nos representam, o que mais me cheira a uma ditadura filosófica, conceitual e subjetiva de manipulação do poder, insistirei uma vez mais.
Percebi que as vidraças dos gestores nacionais nunca foram poupadas, percebi ainda que “blindagens” são pertinentes para os inseguros transeuntes nos carros das grandes metrópoles, mas que não ficam bem sobre Bush, Chavez, Lula ou sobre qualquer outro. Em face disto prefiro lançar sementes, a fim de que estes ou aqueles, situação ou oposição, direita ou esquerda, preocupem-se menos com siglas ou rótulos fazendo-nos redescobrir uma democracia que honra a sua máxima de “um poder que emana do povo e governa para o povo”.
Como líder religioso sim, expresso-me, como bem deveria fazer todo o cidadao que tem vez e voz, que deseja fazer mais do que apenas assistir. Envergonho-me sim daqueles que se dizem lideres, e muito mais, religiosos, que trafegam na contramão da ética e da boa conduta, perdendo autoridade na sua voz profética de contestação. Admito que alguns de nós, os religiosos, não se efetivem em referencial ideal e modelar, no entanto, a humanidade limitada de alguns não pode servir de elemento silenciador daqueles que sabem o papel transformador que precisam implementar através de suas vidas.
Martin Luther King, líder religioso, poderia se calar ao ver os negros de sua nação destinados a cidadãos de segunda classe, mas não o fez, e sua persistência produziu muito mais do que simples reflexão. Produziu transformação de conceitos e valores. Não desistiu disto, ainda que seu posicionamento custasse a sua morte, como de fato se estabeleceu.
Escrevo e me expresso com a ciência e um suspiro de esperança de ao menos contribuir para este mundo, passando por ele como um instrumento de reflexão e transformação. O anonimato seja sempre a minha preferência, a fim de que não fique o meu nome na historia dos fatos, mas os conceitos transformadores de gerações que podem fazer do Brasil e do mundo um lugar melhor para se viver e nisto o Nome do Senhor Jesus seja glorificado.
Planto sementes através de palavras e textos. Planto na terra de O Sentinela do Oeste porque creio no poder germinador deste território literário. Planto sementes desta natureza para que os nossos filhos colham algo melhor do que aquilo que somos obrigados a admitir e acolher nos celeiros atuais da nossa existência.