A ESCOLA E A ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Todos nós sabemos qual é o ideal: integração família e escola. Mas saber isto, não muda a realidade: a família deixa a educação para a escola.
Os motivos são óbvios: a família perdeu vários raciocínios referenciais, perdeu a capacidade de estabelecer limites, sonha com bigbrothers e sua própria projeção e poder, trocou o ser pelo ter, dá um duro para trocar de carro, todo ano, ou no máximo a cada dois anos.
O Diálogo perturba a novela, o jornal, as notícias, o humor escrachado, as coxas de fora.
Assim, a responsabilidade da escola também é feita, na medida do possível.
Pedagogos e psicopedagogos, se limitam a dar as instruções previstas em currículos, a trabalhar os alunos e professores que não se ajustam à rotina. A alegação é a de sempre: baixos salários, criação limitada.
Fica uma pergunta: "E a realização profissional, não conta?" Eles não conseguem perceber que, se o salário não pode melhorar, a criatividade pode dar prazer e compensar a dureza da vida.
Vivemos tempos bicudos, por isto, nosso trabalho precisa servir como lenitivo (faz tempo que não uso esta expressão).
Assim, creio que as escolas se tornariam cada vez mais competitivas, se buscassem promover este retorno da família, a um raciocínio mais lógico, mais integrado, menos fútil.
Deste retorno, algo muito útil e até mais capacitante, surgiria: "Ser, pela melhora da cognição, nos trás mais facilidades, para ter!"
Daí, a entender que criar limites lógicos aos filhos, regras de cooperação, vivência que demonstre interação com os filhos, substitui o dar coisas, para compensar o não estar dando atenção. Consequência: gasta-se menos e até pode-se pensar num conforto maior, numa poupança maior, em "ter com racionalidade".
Ensinar poupança aos filhos parece uma tarefa difícil, mas se mostrarmos com exemplos e não só com palavras, a importância da conquista dos sonhos, via economia e não dependência aos pais, fará com que os filhos se valorizem mais, busquem menos fugas, como as drogas.
Crê-se, baseado em estatísticas que 65% das mortes de adolescentes, sejam por causas não naturais, mas por meios violentos, como os suicídios, as mega-doses de drogas, os acidentes de trânsito, os assassinatos. Isto é uma realidade dura, de um processo de transição entre métodos educacionais. Antes se acreditava na rigidez, na imposição. Para se chegar ao amor, ao diálogo franco, sem embustes, a humanidade passa por esta fase, de perda de valores, por não saber o meio termo.
As escolas educariam melhor, se começassem a preparar a família como um todo, resultando numa atitude, nunca em frases vagas, repetidas à exaustão.
E a escola ganharia mais adeptos, ganharia em conhecimento, pois os pais não são ignorantes; têm muita gente experiente e principalmente, não cremos em pessoas que saibam todas as respostas, mas em pessoas que compartilhem, sem preconceitos, suas experiências. Como antigamente. Sem saudosismos!
Se as escolas com este perfil, custam caro, que se criem escolas cooperadas, orientadas por psicopedagogos competentes.
Dá certo. Eu prometo!
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