ORIENTAÇÕES SEXUAIS PARA AS ESCOLAS E EMPRESAS
Sempre que propagamos um curso sobre orientação sexual em escolas e empresas contratantes, alunos e funcionários costumam brincar e fazem esta colocação: _ Já somos bambas em sexo, o que mais pode ser dito sobre o assunto, para nós?. A resposta já calejada, sai num impulso: _ Quem somos nós para lhes ensinar, ou mesmo a alguém, alguma coisa, quanto mais relacionada a sexo? O máximo que podemos fazer, é discutir alguns pontos polêmicos, ou algumas novidades sobre o assunto. Contudo só para testar os seus profundos conhecimentos, temos três perguntas a lhes fazer, que se respondidas, darão a vocês o atestado de sabichões em sexo. Querem testar?
Quase sempre concordam.
_ Preparem-se então! Primeira: Para que surgiu o hímen, nas mulheres! Réplicas, com muitas respostas: _ Para proteção dos genitais femininos!, Para provar se a mulher é virgem!, Para provar que a mulher já transou!, Para evitar infecções!, e outras mais. Tréplica: _Errado!
_ Segunda: O que é o Órgão Vômero-Nasal e como ele participa da formação dos casais? Sem respostas, ou quando muito alguém arrisca: _ É alguma melequinha, que não foi retirada do nariz? Resposta: _ Dois a zero!
_ Qual o tamanho correto do pênis, para que todas as mulheres tenham prazer? Múltiplos centímetros, começando de dezoito, são as respostas. _ Três a zero!, é a conclusão, seguida da questão: _Continuamos fazendo perguntas, ou vamos direto ao curso?
Com este estratagema, mostramos a eles dados sobre a formação, a anatomia, o funcionamento e os problemas que interferem no bom desempenho sexual, inclusive o uso das drogas e as doenças sexualmente transmissíveis. Falamos sobre zonas erógenas, psicologia masculina e feminina, na ejaculação das mulheres, nos orgasmos normais e múltiplos. Nas fantasias, medos e bloqueios que imperam numa relação inicial. Nas disfunções sexuais, desmistificando a ejaculação precoce, a impotência por insegurança, a falsa frigidez feminina, o vaginismo e ensinamos a trata-los, sem as angústias, que geralmente as pessoas fingem não ter.
Muitas pessoas nos fazem, anonimamente, perguntas sobre sexo. Nos agradecem as respostas, mas se sugerimos que reúnam amigos e colegas para participarem de um curso, como este, sentem-se como se dessem publicamente um atestado de burrice sexual.
_ Nunca se falou tanto sobre sexo; até parece que o mundo só tem esta forma de prazer. Que horror!, nos disse uma cliente, portadora de depressão. Concordamos com a primeira parte da afirmativa, mas mostramos o quanto de ansiedade e dúvidas rondam o assunto.
Estamos fazendo uma pesquisa, que beira mais de 500 entrevistados, usuários de drogas. Esta pesquisa, que não queremos fechar, enquanto tivermos pessoas com vontade de responder, onde uma das perguntas, com resposta não direcionada, é: O que o motivou a buscar o uso das drogas? Cerca de 21% dos entrevistados, espontaneamente, alegaram que o faziam por algum problema sexual, ou estarem em busca de melhor performance no sexo.
Nosso raciocínio nos mostra que, se estes corajosos se abriram, talvez o número de usuários que têm esta motivação, deve ser maior. Mesmo se considerarmos este número, já existe razão suficiente, para que procuremos trazer informações seguras, desmistificantes, sobre sexo. Tudo às claras, sem preconceitos, como é feito em países avançados.
O maior falso pudor, por incrível que pareça, está na cabeça dos administradores de escolas. Dizemos isto, baseados em nossa experiência, onde por mais de 6 anos percorremos escolas públicas, implorando, às diretoras para falarmos aos alunos, sobre esta formação, que segundo cremos, é capaz de evitar guerras e invasões de países sob ditaduras, usando motivos espúrios, às vezes para encobrir um problema de fácil resolução, como a ejaculação precoce, ou a falsa necessidade de pílulas verde-rosas.
É uma exigência social que as escolas sejam práticas. A cultura tem que ser reavaliada, pois existe muita carga inútil embutida nos currículos.
Não adianta a choradeira, de que as famílias estão desligadas do ensino, ou que as escolas não ensinam o que as famílias não sabem fazer.
Boas escolas envolvem pais e professores, completando informações vitais, para o processo de aprendizado de todos os envolvidos.
Pensando nisto, criamos também o curso de formação de "Orientadores Sexuais", onde além dos dados de esclarecimentos, já citados, ensinamos a falar sobre sexo com naturalidade, a fazer o diagnóstico e a orientar o tratamento das disfunções sexuais. Este curso visa aos pais, professores e todo o pessoal da área de ciências humanas principalmente, embora não limite-se apenas a este pessoal.
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Se estiver interessado, leia também: CURSOS E PALESTRAS - Pergunte ao Doutor - 12 em:
http://www.recantodasletras.com.br/autores/drmarciofunghi/T1132583
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