A REVOLUÇÃO HORMONAL

Não é a toa que nós mulheres somos "temidas" pelos efeitos dos nossos hormônios.

Pobre dos homens! Como sabem disso!

E tal fato não é mito. É realidade.

Desde meninas já sofremos mais que os homens com a chegada da puberdade, época em que se instala a primeira menstruação, ou seja, aonde se inicia a vida reprodutiva da mulher.

E não é diferente com a tal da Menopausa, que como o termo já insinua, refere-se à ultima menstruação, portanto é tão somente a cessação da atividade hormonal dos ovários, digamos...o fim da sua vida útil, mas não da vida "de" mulher.

E entre esses dois marcos, haja flutuação hormonal para que o entorno a entenda...e NOS entenda...

E o entorno chama-se...homens, filhos, amigos, chefes...

Mas, com a chegada dos quarenta anos, época após a qual se instala as transformações do climatério, assim chamado o período que antecede a tal parada menstrual, nenhuma de nós escapa.

Não adianta!

O que varia é a intensidade dos sintomas e portanto o nível do desconforto entre o universo de mulheres.

Aqui portanto não falo de flutuação, falo de revolução!

Chega um tempo que nos olhamos e nos perguntamos: mas cadê eu?cadê "aquela" que eu...sou, fui, ou já era?

Muda tudo, radicalmente, mas embora saibamos que o processo é paulatino, na verdade nos parece que é dum dia para outro.

Muda a pele, os cabelos, a acuidade visual, mudam os ossos, muda o humor, muda o ânimo, muda o pensamento, sobe o peso, some a cintura, cai a libido, muda o sono, vem o choro... enfim a tal da revolução para algo que precisaríamos conhecer e nos preparar melhor.

As mulheres muita vezes acreditam estar seriamente doentes e na verdade apenas estão numa transição de período hormonal.

Ocorre que nós mulheres somos os pilares do mundo...e claro, da família.

E a tal revolução coincide com aquela primeira da puberdade, lembram? A dos filhos adolescentes! - e muitas vezes com o início da senilidade dos pais.

E daí a coisa engrossa! São três revoluções numa só!

Pior que triaton de atleta profissional...

A solução para enfrentar tal maratona?

Acredito que a primeira etapa é fazer o diagnóstico e saber aceitar o tal período com tranquilidade, pois mesmo a pior das revoluções sempre foca o melhor resultado.

Procurar ajuda profissional, exercícios físicos, terapias de relaxamento e de apoio emocional, alimentação natural balanceada para a reposição adequada de nutrientes, inclusive do cálcio, lazer periódico, e enfim...focar-se "em si", talvez seja o melhor dos caminhos.

Importante que o companheiro seja informado e preparado para acreditar na tal revolução e para que saiba compartilhar desse momento mais delicado, que não é fricote de mulher,não!

Mas tudo isso tem uma grande vantagem: o organismo se prepara para ao menos se livrar das TPMs, e passado o turbilhão, o casal enfim estará mais livre para viver uma nova fase, sem a necessidade da contracepção.

Também cabe aos homens reforçar a segurança das suas mulheres, para que ambos descubram que o amor, o carinho e a cumplicidade superam as transformações hormonais e físicas, e que a despeito delas, uma nova fase de vida se descortina.

E um "feliz " rumo à menopausa...para todas nós!