O MACHISMO NOSSO DE CADA DIA!
Perdõem-me os crentes de qualquer religião, mas a reflexão que vou elaborar não pretende criticar nenhuma fé, mas o nosso comportamento usando a crença, para esconder nossas fraquezas.
Desde a mais tenra idade os homens foram os preferidos pelos pais, pois eram os que sustentariam a casa, na velhice dos genitores. Pelo menos era assim...
Hoje o que se percebe, na maioria das culturas ocidentais e em algumas orientais é que as mulheres sustentam os pais delas, com a ajuda dos genros, enquanto os filhos sustentam os sogros.
A crença de que a filha era um estorvo e deveria casar logo, se possível na adolescência, era uma prática comum até há pouco tempo. O filho, pelo contrário, era sempre considerado sem idade para assumir tal responsabilidade.
O que ficou camuflado até há pouco tempo foi que, às meninas se ensinava à castidade, para evitar filhos bastardos, os quais onerariam as despesas e o cansaço dos pais, devendo ainda ajudar a mãe a criar s irmãos mais novos, como método preparatório para ser uma boa mãe.
Aos meninos era exigida uma atitude atirada, em busca de experiências heterossexuais, para tranqüilizar as expectativas sobre seu machismo, mesmo sem ser ensinados quase nada sobre o amor e como agradar e tornar feliz a esposa. Esta deveria satisfazer-se com o título de casada, via de regra sob o controle conjugal.
Este termo deveria expressar a conjugação no sentido verbal e não sob a canga do senhor seu marido.
Para tal, baseados na experiência do passado, onde as mulheres não tinham marido, aos filhos não importava quem eram os pais, criou-se a união conjugal e exigiu-se responsabilidades civis, onde as mulheres ainda podem ser apedrejadas, se encontradas em desonra, em algumas crenças
Em algumas culturas é a mulher quem escolhe a companhia feminina de férias do esposo, que é socialmente cobrado a tirá-las, para demonstrar seu poder, sua riqueza.
Por trás desta máscara machista, as mulheres aprendiam a servir, inclusive sexualmente, sem nenhum direito ao prazer, que exatamente por isto, eram marginalizadas e trocadas por mucamas, pois os machos, não admitiam sua ejaculação precoce, ou seu medo da impotência, que chamei de Síndrome do Pênis Pequeno, adquirida desde a infância, com a desinformação, criando o medo.
As próprias mulheres paulatinamente, passaram a ser machistas cobrando atitudes mesmo que falsas, onde a realidade mostra homens lotando os bares, os pesqueiros e em toda sorte de práticas, para fugir do melhor esporte, o amor.
As mulheres detendo este segredo, passaram a se tornar os comandantes desta verdadeira tropa de elite, camuflando, entretanto, seu domínio, mas descontando severamente a omissão. Aos poucos desafiaram os homens, que já não davam conta, como seus antepassados, de suprir o lar e suas novas brastemps.
O domínio levou à igualdade sexual (leia-se disputa sexual), erroneamente praticada pelos homens e agora cantada em verso e prosa pelas mulheres, que não fazem segredo, pelo contrário, como os homens, se gabam dos bonitões conquistados, mostrando quem é quem e lançando à desgraça, os que não eram bons no gingle balls..
Não as culpo, as reclassifico: estão perdendo a feminilidade, não sabem mais exercer os domínios sobre os inseguros parceiros, deixando de utilizar a mais sublime das armas, o amor.
O diálogo bem equilibrado, deu lugar a um monólogo a dois e as crianças estão ficando com os picuás cheios. sonhando com a hora de ir estudar fora, de aprender coisas novas, como beber, fumar, usar drogas, ficar, encher de porradas para fingir que são machos, fazer experiências homossexuais e de vez em quando estudar, pois afinal de contas, não podem se omitir das festas apelidadas de raves regadas, no mínimo, a drogas legais, ou vendidas pelo promoter.
Saramago, em sua incrível lucidez, escreveu o "Ensaio sobre a cegueira", que recomendo a todos, jovens ou não, para terem uma antevisão profética, matemática, do caminho que a humanidade está buscando.
Se fosse possível trazer o próprio Cristo e lhe outorgar a direção da terra, mas pedindo que só fizesse uso da palavra, sem milagres, me pergunto; "Em quantos dias ele seria fuzilado por justiceiros?"
Perspectivas? Vejo como inevitáveis as que hão de vir. Se o pior for inevitável, o que devemos fazer? Creio firmemente que temos de continuar diminuindo nossa ignorância, para que a cegueira não nos atinja, para que continuemos crendo que sabemos pouco e lutemos para saber um pouquinho mais, pois se tivermos a sorte de sobreviver, talvez o pouco que aprendemos, possa ser útil aos que precisarem. Só não podemos nos sentir seres superiores, pois não conseguimos resolver sequer os problemas atuais.
Que alguns homens não cubram suas mulheres da cabeça aos pés, pelo simples fato de acreditar que elas não serão molestadas por outros homens, mais capazes.
Que as mulheres percebam que se ocultar em seus mantos de dor e sofrimento, estarão se depreciando, estarão sendo falsas, omissas, usando o sofrimento como ganho secundário: a piedade, com raiva, dos seu parentes.
Que os filhos consigam levar seus pais a vivenciarem seus problemas primários e cobrem deles uma postura mais condigna com os representantes de Deus nos lares, e aqueles que se sentem representantes de Deus e dos homens na Terra, tenham medo de um momento importante em sua vida: o juízo final, que creio, todos fazem nos instantes que antecedem a morte.
E LIVREMOS-NOS DE TODA A ACOMODAÇÃO, AMÉM!
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Márcio Funghi de Salles Barbosa
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