Educação e Desenvolvimento Tecnológico no Cotidiano Escolar.

“Não podemos aguardar que os tempos se modifiquem e nós nos modifiquemos juntos. Não podemos aguardar uma revolução que chegue e nos leve em sua marcha. Nós mesmos somos os futuros... Nós somos a revolução.”

Beatrice Bruteau

O desenvolvimento tecnológico das informações e das comunicações e a praticidade do dia-a-dia remeteram a humanidade a uma situação complexa de mão dupla. Vivendo em uma constante ansiedade: de um lado os avanços tecnológicos e das comunicações e suas dificuldades em acompanhá-las, acrescida das dificuldades de acesso a essas informações por mais de 70% da população brasileira; por outro o avanço da miserabilidade, doenças e violências que assolam o povo brasileiro, colocando-o numa situação de País do submundo.

Nesse sentido, vive-se um cenário de morte constante, num País mais povoado e desigual, onde consideramos um possível momento de transição. As tecnologias atingiram a todos que vivem a contemporaneidade, pois todos percebem e sentem a importância do conhecimento para sobreviver no mundo dos negócios, da educação e da multiculturalidade.

A intenet é apontada como uma das grandes conquistas universais comunicativas e da troca de informações já inventada. Não há dúvida que este avanço trouxe mudanças para o nosso cotidiano, o estágio atual do desenvolvimento que permite que nos desloquemos de um lugar para outro do Planeta em pouco tempo.

Na educação, isto não é diferente. Entretanto, falta muito para que alcancemos a realidade de países desenvolvidos. De certo modo, já avançamos com relação a muitos, mas no caso específico do Brasil, a orientação para pesquisa é escassa e o professor não formado brinca de realizar pesquisa na sala de aula, quando a solicita aos seus alunos e estes entrega um amontoado de papel, muitas vezes copiado da internet, dos livros e revistas, sem nenhuma orientação para a pesquisa dada pelo professor, pois este também, não reconhece sua prática docente como um ato de pesquisa e reflexão.

Daí é comum estarem perdidos, professor e alunos, uma vez que parece mais cômodo e os alunos, aparentemente se encontra “ocupado” deixando o professor mais “livre”. É como se fingissem aprender e ensinar.

Todavia, práticas salutares têm despertado o desejo de levar até os menos esclarecidos as informações acerca da importância de se conectar com mundo e alargar suas idéias para a realidade socioeconômica, cultural e política do planeta, em especial, em tempos de superaquecimento global.

O voluntariado tem sido outra realidade na busca pela erradicação do analfabetismo digital. Instituições têm se solidarizado e propiciado formação na área, bem como propiciado o acesso as facilidades que as tecnologias oferecem.

Possibilidades como: o pagamento de água, luz e telefone pagos pela internet, certamente facilitam a vida de toda e qualquer dona de casa. O planejamento familiar começa a se efetivar e a qualidade de vida passa a ser uma perspectiva futura.

Assim, cabe a sociedade uma mobilização constante na busca por um aprendizado de qualidade centrado nos homens e suas diferenças, na tentativa de compreender os diferentes sentidos históricos que circundam a educação, percebendo a escola como um espaço de multiplicidade de saberes e fazeres pedagógicos.

JOSÉ FLÁVIO DA PAZ
Enviado por JOSÉ FLÁVIO DA PAZ em 19/03/2008
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