Vai começar a bricadeira?
Não digam que é culpa do passado, pois já vão para seis anos que esperamos mudanças e muitos, iguais à redação deste jornal, confiaram e votaram em promessas de mudanças. Como dizem na TV, “só não disseram que era para pior”.
Queríamos viver tais tragédias sem nos sentir vítimas ou culpados! Já que muita coisa não temos questionado, como os deslizamentos de encostas, e enchentes.
Eles se desculpam na natureza, que responde em tragédias, deslizamentos, e não diz que o que faltou é a previsão!
Faltaram os que preventivamente verificassem o estado de nossas encostas, o entupimento de nossos esgotos. Dizer que o céu não avisa é pífio, uma vez que existe a metrologia que prevê meses antes o potencial das mudanças climáticas e nuances das tragédias!
Também cresceu assustadoramente o crime, e não houve um acompanhamento de crescimento dos estabelecimentos penais, e nem pouco uma reforma judiciária que possibilite o apenado ser re-socializado, com acompanhamento digno para que entenda que o melhor para homem é a honestidade! Também pudera, com tantos maus exemplos vindos dos poderes públicos, justamente que deveriam ser exemplos, e assim esperávamos.
E quando falamos em encostas sem árvores, cujas raízes sustentam o não deslizamento. Quando falamos em esgotos entupidos. Quando falamos em presídios cheios, sempre nos aparece algum político, ou mero militante, a afirmar que a base é a educação, que é a cultura!
Os mestres em soluções apontam as escolas e os educadores como responsáveis. Uma cantilena que ouvimos, há décadas, também nestes seis anos!
E nada é feito! O aluno que necessitaria pelo menos mais cem dias letivos para captar toda a grade curricular, e ainda as transverssalidades, se logram duas terça parte deste tempo, cuja boa prete é emparalisações, festinhas. aniversáriso, etc.., Fingem que estudam e o professores fingem que ensinam. Pois como ensinar?
Os educadores de nível apontam à necessidade de dois turnos na escola, assunto que no governo nem entra no ouvido, quanto mais sair no outro? Ficam comprometidas as “reposições” aos sábados, que não deveriam acontecer!
Alguém acredita em reposição de aulas em fim de semana? Só no sonho do ministro da educação Fernando Haddad! Esta prática além de alterar o calendário familiar, e outros prejuízos, atrasa outros calendários estudantís dos que buscam excelência no ensino.
A greve ou paralização é um direito, mas ela esta acontecendo muito repetitivamente!
Sexta-feira, dia 14 de março, as escolas dos municípios, dos estados e dos municípios amanheceram fechadas, era uma manifestação por melhor salário, como aconteceu no ano passado, atrasado, e por anos a anos e décadas!
De quem parte tal atravanco, que pode ser chamada de irresponsabilidade? Dos professores que acreditavam que em seis décadas nada disto aconteceria, pois votaram em uma mudança? Ou dos governantes, a exemplo de Lula e Wagner, que deixaram chegar a tal ponto?
Ou ainda as leis de greve, com tantos direitos e que ajuda esta brincadeira de funcionários, agora combatidas por quem as defendias!!! O Governo petista não tem a coragem política de mudar a Lei de greve?
E assim nossas encostas deslizam e nossos esgotos vão se entupindo, nossas prisões não reeducarem ninguém, e nossos alunos emburricando. E como não relembrar o baiano Ruy Barbosa; “O homem tem vergonha de ser honeto”.
E para engrossar o caldo, muitas escolas “reformadas”, mas onde continuam os móveis velhos, os esgotos e as fiações tão iguais e defituosos como já eram, tiveram suas obras atrasadas. Pela empreiteira? Seja quem for é injustificável.
Assim na segunda quizena de março, a dois meses e meio do início do ano, em algumas das escolas do Estado Bahia, os alunos tiveram apenas dois dias de fracas aulas?
Governo, professores, pais, educadores: Vamos ou não parar a bricadeira?