Chavez, Não Te Queremos Como Modelo!!!
O episódio entre a Colômbia e o Equador acabou revelando mais uma faceta de Chavez. O problema foi a invasão do Equador, mas o detalhe foi a mobilização das tropas Venezuelanas, de imediato. Interessante, ainda que o governo Chavez tenha sido mencionado como possível apoiador financeiro das Farc, o imediatismo com o qual se organizou para reagir ao ataque verbal, com as forças armadas. Por que tamanha truculência, uma vez que apenas bastava uma boa resposta diplomática? Temos aprendido pelo direito que ninguém é culpado até que se prove com os tramites jurídicos legais, e que o direito de se defender é uma lógica consistente nos ambientes próprios para tal. Mas Chavez argumenta com a pressão de tropas. Isto para mim é sintomático e remete-me aos piores ditadores que a história conheceu.
O impressionante é imaginar que o presidente venezuelano encontre entre os seus arautos defensores o governo brasileiro, tudo isto por uma simpatia revolucionária e anti-americana. O anti-americanismo apregoado por Chavez é um contra-senso, porque ele mesmo estabelece meios de governo limitadores ao contexto democrático, advogando poderes totalitários para si. Será que Lula encontrou um novo modelo, um estereótipo ideal?
Para nós os brasileiros, parece que encontrar os culpados lá fora se torna muito mais cômodo do que admitir as nossas mazelas, mesmo entre aqueles que advogavam um governo cheio de esperança e descontaminado do medo. É certo que a a esperança sempre vence o medo, mas que esta atribuição nunca pertenceu a Lula e ao PT também é verdadeiro.
Mudar-se-á o governo americano e Lula, seus sucessores, e os políticos interesseiros continuarão a se aproximar de gente como Chavez e o presidente do Irã. Dizem que os iguais se sentem muito bem próximos uns dos outros, talvez aqui o motivo da predileção. Alías, uma coisa comum aos dois ambientes, o petróleo.
Sugestivo, não? O mesmo petróleo pelo qual condenamos a nação americana em sua incursão ao Iraque. Interesses lá, interesses cá, prefiro ainda o modelo americano, pelo menos por que sua base de estabelecimento é democrática e sua base judicial ainda julga os seus presidentes e gestores, sejam eles quem for. Prefiro a conjuntura americana porque ela se admite capitalista, enquanto nós o questionamos mas mantemos lucros absurdos dos bancos, mesmo que disséssemos que em nossa gestão a realidade seria diferente. Prefiro que sejam os americanos a manter o poder bélico, do que Chavez ou os iranianos simpatizantes aos terroristas islâmicos. Prefiro uma revolução por conhecimento e convicção do que uma ação truculenta de gente desprovida de vocábulos dignos, como aqueles que em público tratam indignamente os líderes de outras nações.
Pessoas assim estão, mas se Deus quiser, por pouco tempo. Os modelos de Lula, de Chavez, e os de outros simpatizantes não são os de todos os brasileiros, graças a Deus e às pessoas de bem.