MEDIUNIDADE

Mediunidade não é coisa nova. A Bíblia já nos fala a cerca deste precioso brilhante. Mais especificamente na parte que trata dos evangelhos. João, quanto os demais evangelistas eram médiuns inspirados, e o que escreveu está em luminosa harmonia com os demais evangelistas.

Ao se conhecer a importância da mediunidade dos evangelistas na elaboração da Boa Nova confirma-se a noção que o Espiritismo enseja, de que o planejamento reencarnatório passa pelo Mundo Maior. Fonte inesgotável da verdade.

A Bíblia confirma que a mediunidade tem sido utilizada através da história dos tempos. Haja vista as pitonisas, os exemplos do Mestre dos Mestres, Jesus.

A sua utilização é assinalada com bênçãos ou desalinhos de acordo com a conduta moral do medianeiro. Se expressa automaticamente, não escolhe pessoa, sexo, nem idade. Outros escolhem como meio de resgatar dívidas. Seu desabrochar traz transtornos como: zumbidos intermitentes, dormências costumeiras, arrepios inexplicáveis, mal estar momentâneos, alucinações auditivas ou visuais, mudanças bruscas de personalidade, sensações de peso na cabeça e nos ombros, nervosismo, insônia, cansaço geral, calor como se estivéssemos próximo a algo quente, principalmente nas costas, tristeza inexplicável, falta de ânimo ou alegria excessiva sem sabermos por quê. Dia-a-dia se acentuam. A saúde se altera. O remédio é o desenvolvimento da mediunidade.

Que deve iniciar num Centro Espírita mediante uma entrevista, seguida do tratamento recomendado pelo entrevistador. Que deverá ser: passes, assistir doutrinárias, crescimento espiritual e mais tarde aprimoramento espiritual, e, quando já goza de certo equilíbrio o desenvolvimento mediúnico.

Todos os sintomas não chegam a ser enfermidade mental. Mas faculdade psíquica em fase de desajustamento. Se tivermos o hábito de viver uma vida equilibrada e dentro de um círculo moral elevado seremos auxiliados por espíritos bondosos que abrandarão as terríveis conseqüências da perturbação causada pelos espíritos sofredores. Só isso não basta. Temos que tratar da faculdade mediúnica, para evitar os transtornos que poderão acontecer. O primeiro passo é ter uma conduta ilibada.

Os fenômenos ocorridos no mundo tornaram a mediunidade mais conhecida. A exemplo das irmãs Fox, de religião metodista, que viviam em Haydesville um vilarejo do estado de Nova York na América do Norte. Quando Kate de 11 anos de idade e Margaret de 14 anos começaram a ouvir estranhos ruídos, arranhaduras na porta da frente e dentro de casa o arrastar de móveis. Resolveram conversar com o invisível. Chegando à conclusão de que havia acontecido ali um assassinato, cujo corpo estava enterrado abaixo da adega. O fenômeno foi pesquisado e o mundo inteiro tomou conhecimento.

Já na Europa surgiram as mesas girantes e as cestinhas de bico. As mesas se erguiam suavemente adquirindo movimento circular. A convite, Kardec, apesar de cético, assistiu uma dessas sessões, e na qualidade de pesquisador percebeu que por trás de tudo, havia uma inteligência, O Espírito. A partir daí a pesquisa através da mediun Japhet, coordenada por Kardec chega às obras básicas do Espiritismo. O Livro dos Espíritos – 1857, Livro dos Médiuns – 1861, O Evangelho Segundo o Espiritismo – 1864, O Céu e o Inferno – 1865, A Gênese – 1868.

Mediunidade é uma faculdade orgânica e não confere a nenhum mediun sinal de santificação, vaidade ou orgulho. Mandato temporário para ser cultivado com diligência, desprendimento, alegria e responsabilidade.

Seu objetivo é facultar o intercâmbio com os seres espirituais que comprovam a sua sobrevivência à morte. Todos nós somos médiuns. Uns ostensivos, outros não.

BIBLIOGRAFIA

KARDEC, Alan. O Livro dos Espíritos, editora Lake,1996. São Paulo.

_______. O Livro dos Médiuns.

_______. O Gênese.

_______. Evangelho Segundo O Espiritismo.

EQUIPE, Geraldo Azevedo, José Ferraz, João Neves e Nilo Calazans. Vivência Mediúnica. Projeto Manoel P. de Miranda, editora Leal, 1998. Salvador.

Eloina Lima
Enviado por Eloina Lima em 01/03/2008
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