Dez mil abraços!

Próximo de completar dez mil leituras aos meus textos,
venho ao púlpito deste público recanto
Para dizer do meu encanto na constatação deste fato.
Estes escritos por mim postados exalam, sobretudo,
A sinceridade artística do meu eu, enquanto poeta.
Não -e não muitas vezes!-  a sinceridade emotiva, pois quem lida
Com a poesia tem algo de fantasioso advindo do processo
Criativo dessa arte,
Mas a sinceridade da própria arte, a lealdade às suas raízes, às suas técnicas e os seus ritos.
Lá estão os meus gritos, os meus ais, as minhas minhas mentiras
Entremeadas com minhas sensações mais intensas
E minhas convicções mais profundas.
Nestas linhas pululam o meu coração com o meu cérebro,
minha paixão junto à minha razão
Minhas mãos, minha boca, meus ouvidos, meu sexo
Tudo girando num caldeirão desconexo.
Serão dez mil leituras. Não, obrigatoriamente,
Dez mil leitores,
Mas agradeço imensamente a todos eles
Que tiveram a paciência e a tolerância
De me aturarem na insanidade
De minhas dores e dos meus amores.