O chapéu Panamá
Estive nesta semana mais uma vez nesse país da América Central em que os Oceanos Atlântico e Pacífico quase se encontram, separados por meros 80 quilômetros mas unidos por um canal que nas suas eclusas deixa apenas 60cm de cada lado para que os navios nelas passem raspando e que só agora, após mais de 100 anos de sua construção, começa as obras de ampliação.
Viajar de um oceano a outro é uma experiência gratificante. De helicóptero a viagem de ida e volta dura uns 40 minutos, num trecho em que os grandes navios cargueiros demoram 24 horas para atravessar.
Saindo do Pacífico, onde fica a cidade do Panamá, sobrevoa-se as 3 eclusas (Miraflores e Pedro Miguel que ficam no lado Pacífico do canal e depois já na saída para o Atlântico, a de Gatún) e uma imensidão onde se vê as 2 pontes majestosas (a das Américas e a recém inaugurada Centenário) mesclando-se com as máquinas e homens que trabalham na ampliação, o grande lago que interliga as eclusas e a natureza exuberante com seus Parques Nacionais protegidos. Ali embaixo, passa praticamente tudo o que vem da Ásia para a costa Leste dos Estados Unidos, Brasil e vice-versa. É o que se pode chamar de o maior gargalo logístico de todo o mundo. Nada igual.
A cidade do Panamá é certamente a que ficará mais parecida com as grandes metrópoles asiáticas dentro de alguns anos, pois nunca vi tanta concentração de construções de prédios e avenidas. O Panamá é a Cingapura latino-americana e quer sê-lo, quem viver verá.
Alguém pode dizer : e daí? Daí que se trata de um país minúsculo de história relativamente recente, de indústria incipiente, que há não mais do que um século era um estado Colombiano, que até o ano 2000 teve a sua principal fonte de renda(o canal) controlada pelos americanos e que agora deslancha rumo ao futuro via prestação de serviços e turismo, com a maior taxa de crescimento da America Latina.
E nós com isso? Quantos milhares de “canais”, pólos de atração turística, quantas indústrias de padrão internacional, quanta oportunidade de prestar melhores serviços temos nós, mas com uma quantidade equivalente de brasílias... Deixo para reflexão.
Ah, e o chapéu Panamá, aquele grande chapelão de palha mais elegante que o sombrero mexicano e que supostamente é originário desse simpático país? Todos os chapeús Panamá são feitos no Equador...
Estive nesta semana mais uma vez nesse país da América Central em que os Oceanos Atlântico e Pacífico quase se encontram, separados por meros 80 quilômetros mas unidos por um canal que nas suas eclusas deixa apenas 60cm de cada lado para que os navios nelas passem raspando e que só agora, após mais de 100 anos de sua construção, começa as obras de ampliação.
Viajar de um oceano a outro é uma experiência gratificante. De helicóptero a viagem de ida e volta dura uns 40 minutos, num trecho em que os grandes navios cargueiros demoram 24 horas para atravessar.
Saindo do Pacífico, onde fica a cidade do Panamá, sobrevoa-se as 3 eclusas (Miraflores e Pedro Miguel que ficam no lado Pacífico do canal e depois já na saída para o Atlântico, a de Gatún) e uma imensidão onde se vê as 2 pontes majestosas (a das Américas e a recém inaugurada Centenário) mesclando-se com as máquinas e homens que trabalham na ampliação, o grande lago que interliga as eclusas e a natureza exuberante com seus Parques Nacionais protegidos. Ali embaixo, passa praticamente tudo o que vem da Ásia para a costa Leste dos Estados Unidos, Brasil e vice-versa. É o que se pode chamar de o maior gargalo logístico de todo o mundo. Nada igual.
A cidade do Panamá é certamente a que ficará mais parecida com as grandes metrópoles asiáticas dentro de alguns anos, pois nunca vi tanta concentração de construções de prédios e avenidas. O Panamá é a Cingapura latino-americana e quer sê-lo, quem viver verá.
Alguém pode dizer : e daí? Daí que se trata de um país minúsculo de história relativamente recente, de indústria incipiente, que há não mais do que um século era um estado Colombiano, que até o ano 2000 teve a sua principal fonte de renda(o canal) controlada pelos americanos e que agora deslancha rumo ao futuro via prestação de serviços e turismo, com a maior taxa de crescimento da America Latina.
E nós com isso? Quantos milhares de “canais”, pólos de atração turística, quantas indústrias de padrão internacional, quanta oportunidade de prestar melhores serviços temos nós, mas com uma quantidade equivalente de brasílias... Deixo para reflexão.
Ah, e o chapéu Panamá, aquele grande chapelão de palha mais elegante que o sombrero mexicano e que supostamente é originário desse simpático país? Todos os chapeús Panamá são feitos no Equador...