SOMOS NÓS QUE FAZEMOS A HORA

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA – UP/LAPÃO

EDUCAR PARA A VIDA

Jaíres J. Batista

Para Paulo Freire (1996: “uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo como seres históricos, é interagindo com o mundo, conhecer o mundo.”Portanto, nesta perspectiva, somos nós que fazemos a hora, porque também somos capazes de interagir: criar, pensar, sonhar, enfim, de construir nossos momentos na história. De tal modo que, mesmo diante de uma sociedade impostora de regimes e limitações diversas, somos capazes de fazer acontecer, isto é, de fazermos nossa hora.

Contudo, o sistema muitas vezes, nos obriga a ignorar as coisas e simples e belas da vida: o sorriso das crianças, a beleza das flores, o vôo das borboletas, o pôr - do – sol. Simplesmente, impõe seus pensamentos extremamente quadrados, limitados, consumistas. A vida acaba se tornando uma rotina: sem cores; sem borboletas; sem brilho do Sol. Portanto, termos um controle sobre as imposições sociais, é algo que se faz imprescindível e tão inteligentemente natural. E esta nossa margem de manobra é de uma massa pensante, capaz de levantar-se e ir em busca de sua liberdade.

Mas, afinal, o que é a liberdade, senão o tamanho da coragem de quem a aspira? Enfim, tudo se traduz em cidadania pela conquista da autonomia. Partindo deste pressuposto, a educação cidadã implica uma postura crítica, revolucionária, dinâmica, libertadora. Pressupõe uma educação libertadora que foge dos padrões normais da grande multidão dos que vêem sempre a mesma coisa, ou seja: não inovam; não criam a coisa; não criam, não riem com todo coração; não olham nos olhos, e quando olham, não vêem.

Entretanto, educar também significa conservar a essência do ser humano, haja vista, que a e educação tem sido construída através dos séculos, de geração em geração, para conservar e gerar cultura, o que quer dizer valores, conhecimentos, destrezas e habilidades. Mas também para enfrentar desafios e objetivos que cada geração vislumbrava na sua sociedade, traçando assim uma função social em cada período histórico.

Nesta perspectiva, o sistema educacional de uma nação é o que ela tem de mais característico para exprimir o conjunto de valores e aspirações, que marca seu padrão de vida, seu tipo de civilização e o caráter social de sua cultura. Desta forma, a educação também pode ser uma ação conservadora da cultura, isto é da essência de cada povo ou geração.

De modo geral, educação, cultura e política caminham juntas em prol da conquista da cidadania pela busca da autonomia e pela ética. Sendo assim: educar para a cidadania; educar para o equilíbrio emociona; educar para a autonomia; educar para a ética, enfim, educar para formar jovens felizes, é também um educar para a vida.

FREIRE (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, p.165

VANDRÉ, Geraldo. Pra não dizer que não falei das flores. ORIENTAÇÕES PARA ATIVIDADE – TUTORIA 01 – ASPE – BIOLOGIA/ UP LAPÃO, 2008.

Jayasmim
Enviado por Jayasmim em 23/02/2008
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T872206