Gato mata cão por causa do latido
Eu li esta notícia e não acreditei. Por causa de um latido simples, um gatinho matou um cachorrinho. Poxa, e o direito desse cachorro latir? Onde está? Passei acreditar na história quando fiquei sabendo que o cachorro latia na porta da casinha do gato e tirava o sono desse animalzinho todas as noites. Hum... Então, quer dizer que isso não é privilégio dos humanos. Matar por coisas banais...
Ora, só no final de 2007 e início desse ano, as manchetes dos jornais em Belo Horizonte, Minas Gerais, foram assustadoras. “Ex-noivo mata namorada por ciúmes”, “Namorado atira na namorada por ciúme”, “Amigo xinga a mãe e é morto”.
E outras notícias que seguem esse repertório de banalidades, maldades e sangue frio.
O amor ao próximo virou assunto de palestras, livros e até vários artigos (alguns meus). É como se estivéssemos falando de algo antigo, do tempo dos dinossauros. “Olha, antigamente havia amor ao próximo...” Estamos vivendo em uma linda teoria e um caos na prática. O homem esquece-se de onde veio (do amor de Deus) e está se igualando a animais irracionais.
Matar por coisas banais, morrer por coisas banais, roubar por coisas banais... Banais mesmo... Coisas banais! Violência do simples, com pouco significado... A Síndrome da Violência Banal.
Bom, o gato não foi preso e ninguém chora a morte do cachorrinho. No reino animal, o instinto fala mais que o cérebro. Mas, também, precisamos reparar mais nesses bichos, que respeitam e sabem viver em comunidade. É só reparar a cadela criando os seus filhotinhos. E quantas mães jogando seus filhos nas lagoas...
Hoje, ao colocarmos homens e bichos na balança e perguntarmos quem é mais irracional e ao mesmo tempo, tem amor ao próximo, tenho minhas dúvidas... Onde estaria nessa história a exceção, o imaginável, o delírio de um escritor? Na história do gato que matou um cão ou nas histórias estampadas nas manchetes do nosso dia-dia?
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Caminhando Contra o Vento.
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