A CLASURA DAS PROFISSÕES
Voltando um olhar para as prisões temos, pelo tempo em que ali se encontram as centenas de milhares de presos, profissionais inativos e tão necessários ao mercado de trabalho e na maioria das vezes driblando por lá, o ócio com atividades nocivas ao desenvolvimento social. Isso influenciados por uns outros sem especialidade, cujo aprendizado foi tecer com fios perversos as teias da maldade. Alguns chegam a ser aproveitados de fato naquilo que sempre foram artífices, porém a grande maioria são tolhidos pelo recolhimento em cumprimento de pena e afastados em definitivo por longo período de um ofício que lhe traria progressos. Um atraso de vida. E pelo volume alto de pessoas presas, pensemos em todas as profissões, muitas delas necessárias, aliás , todas necessárias e até em falta de profissionais nos diversos núcleos sociais, impedidas de serem exercidas porque o cometimento de um crime nas mais diversas circunstancias trouxe a esses presos uma mudança de vida radical. Certamente grande parte deles merece estar onde estão, uma outra parte deve refletir sobre o que perdeu e por quanto tempo, e tão logo se veja na vida egressa volte aos trilhos da vida normal, eliminando aos poucos estigmas prisionais, coisa bem difícil pela discriminação social quem nunca se apaga, mas deve ser tentado sempre. Oxalá o governo tenha um programa de reinserção para recuperar o maior número possível de presos e minimizar os efeitos de suas ações quando soltos. Dotados de especialidades que fazem falta em qualquer parte fora da prisão. Tais presos enclausuraram seus oficios, seu conhecimento, sua contribuição para a civilização, quando feriram a lei e foram condenados.