São as variantes da precáriaideologiaatual, que se mistura, se agride, e nunca está prontaparaalmejar. Nunca sabe realmente o quequerouondequerchegar.
Taisproblemas acontecem geralmenteporforça de umdesenvolvimentoeconômicomal planejado e desordenado, acarretando dentro de uma sociedade a chamada desigualdade, produzindo assim o esmagamento intelectual da massa e a repressãoeducacional.
Esse fenômeno social acontece muitas vezes de forma isolada, ou mesmo regionalizada e passa a adquirir características totalmente adversas, o que prejudica ainda mais o trabalho estratégico da reformulação de nosso ensino, por parte dos especialistas.
Não podemos tratar os nossos alunos com desigualdade, é claro, mas não podemos também pensar neles de forma tão homogênea a ponto de padronizarmos recursos. A educação não deve ser maculada por uma logística de baixo nível.
Crianças de uma capital, por exemplo, certamente passam menos necessidade e tem, muito menos dificuldades no acesso à educação; diferente do que acontece em regiões isoladas, e podemos citar inúmeras regiões em que a precária condição de vida impossibilita a criança de freqüentar periodicamente um banco escolar. O livro didático pode até ser o mesmo, mas as oportunidades são? Isso, sem falar de nossos povos indígenas, comunidades de quilombo ou mesmo, populações ribeirinhas.
É certo que o problema é de ordem mundial, mas permitamos pensar mais conscientemente sobre os nossos problemas, pois a educação é a única mola propulsora, indolor, que arranca da esfera hipócrita o ser humano, e o ergue, tal qual levante, a uma situação de bem estar social na comunidade em que vive.
A cultura, embora fazendo parte do desenvolvimento do homem, se mal interpretada, pode, de certa forma, contribuir para o atraso intelectual, pois existem povos que ainda se valem dela, em pleno século 21, como um verdadeiro cabresto ético e moral, além de permiti-la intelectualmente como a única fonte viva de conhecimento. Um verdadeiro “Ato de Coronelismo Coletivo”.
Caros leitores, profissionais ou não, da área do ensino, não somos nós os mais hábeis talentos da sociedade? Por isso, convoco a todos para uma reflexão sobre o assunto. Não se joga nas carteiras escolares novos livros ou nas mesas de refeitório, merendas desproporcionais apenas para calar a boca da sociedade; é preciso viver intensamente uma mudança. É preciso achar um caminho próprio para cada deficiência.
Comecemos em casa então. Dando as nossas crianças a oportunidade do saber. Respondendo questões, buscando conhecimento e interagindo, impedindo assim que a família sofra rupturas irreversíveis. Uma criança em busca do saber tem sede de conhecimento e persegue o seu sonho insaciavelmente. Realize-o ainda dentro do lar para que ele não busque respostas efêmeras em qualquer esquina.
Viu leitor, você também deve se portar como um professor nato. Como dizia Sócrates (450 A.C.), “Conhece-te a ti mesmo”. Descubra o potencial que possui e aflore, desperte para o mundo do conhecimento. Sem preconceitos, sem ideologias baratas ou interpretações vulgares. Você é a solução. Repito; a educação começa no lar. É só começar!