A Guerra da Vendeia

A Guerra da Vendeia foi uma das consequências da Revolução Francesa.

A Vendeia é uma região costeira localizada no sul do vale do Loire, oeste da França.

Não houve na França antes da Revolução uma consulta a sua população sobre a continuação ou não da monarquia como forma de governo.

A Revolução foi feita a força e movida por injustiças e banhos de sangue de dezenas de milhares de inocentes, incluindo o assassinato do rei e da rainha com requintes de selvageria capazes de impressionar até nativos antropófagos da África e América do Sul.

A Guerra da Vendeia se deu entre os anos de 1793 a 1796.

Os principais motivos que levaram a uma reação violenta dos vendeanos foram:

Reformas Revolucionárias - A Revolução implementou reformas que afetaram profundamente a estrutura social e religiosa da região, como a nacionalização dos bens da Igreja e a criação do clero constitucional, que muitos católicos não aceitaram.

Recrutamento Militar – Em decorrência da pretensão da França de exportar sua revolução, ela foi invadida pela Áustria, Prússia, Grã-Bretanha, Espanha e Países Baixos. Diante de uma série de derrotas, o governo revolucionário se propôs a recrutar 300 mil homens de preferência entre os opositores, o que gerou grande resistência entre os habitantes da Vendeia, que viam isso como uma violação de suas tradições e liberdade.

Descontentamento Social - A região era predominantemente rural e tinha uma forte identidade cultural e religiosa. O descontentamento com a Revolução, que era vista como imposta de fora, alimentou a resistência.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de Junho de 1793 (art. 35) diz: «Quando o governo viola os direitos do povo, a insurreição é, para o povo e para cada porção do povo, o mais sagrado dos direitos e o mais indispensável dos deveres.»

Com a Revolução o estado francês se tornou um estado criminoso que violou não só os princípios que ela mesma pretendeu defender como todos os princípios básicos de uma sociedade que se pretende civilizada.

O mérito se a reação dos vendeanos foi um movimento coordenado contrarrevolucionário ou apenas reações espontâneas não faz muita diferença diante de fato de que houve uma reação proporcional a uma ação violenta iniciada pelos revolucionários e que só aconteceu porque estes quebraram as estruturas e a ordem social vigente.

Os revolucionários promoveram uma campanha de destruição de todas as estruturas sociais, culturais e religiosa da França e diante da desorganização que promoveram, “em nome da Revolução”, se acharam no direito e na obrigação de manter um processo permanente de repressão violenta.

Essa tática foi imitada posteriormente pelos “revolucionários” comunistas que tratavam cinicamente e indiscriminadamente seus opositores como “inimigos do povo”.

No Brasil atual a expressão usada pelos pretendentes a tiranos é “inimigos da democracia” que, novamente imitando os revolucionários franceses, ignoram todos os princípios civilizados para “defenderem a democracia e as instituições”.

O Comitê de Salvação Pública foi um órgão criado em abril de 1793. Seu principal objetivo era "proteger a Revolução de ameaças internas e externas", especialmente em um período marcado por guerras e insurreições.

Suas funções eram:

Poder Executivo: O Comitê atuava como uma espécie de governo executivo, concentrando poder em um grupo pequeno de líderes revolucionários.

Liderança: Era dominado por figuras influentes como Maximilien Robespierre, Georges Danton e Jean-Paul Marat, que promoviam políticas radicais.

Medidas de Emergência: O Comitê implementou várias medidas para lidar com crises, incluindo a repressão de opositores políticos, a mobilização de recursos e o recrutamento militar.

Justiça Revolucionária: Sob sua supervisão, foi instaurada a Lei dos Suspeitos, que permitiu a prisão e execução de qualquer pessoa considerada inimiga da Revolução, levando a um período de intensa repressão conhecido como o "Terror".

Administração de Guerra: O Comitê supervisionou as operações militares contra as potências estrangeiras que invadiam a França, além de lidar com revoltas internas, como a Guerra da Vendeia.

O Comitê estabeleceu como meta o despovoamento completo da região da Vendeia e repovoamento com republicanos. Com esse propósito, rotulou todos os vendeanos como “bandidos” e julgou que era necessário também eliminar as mulheres “sulcos reprodutores” e as crianças “porque virão a ser elas os futuros bandidos”, eliminando assim o risco de futuras represálias e vingança. Criam campos de extermínio como em Noirmoutier. Em Bourgneuf e Nantes, organizam afogamentos especiais para as crianças.

A Revolução Francesa foi um palco de absurdos como o Calendário Revolucionário, a Guerra da Vendeia, a luta entre irmãos, o genocídio, a eliminação da religião e da própria fé e o “memoricídio” que foi a destruição da Cultura vigente.

*Fontes de consulta: O Livro Negro da Revolução Francesa e IA Poe.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 09/10/2024
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