SOCIEDADE
Tenho com freqüência assistido nos jornais televisivos e outros, sobre a decadência da sociedade, não apenas no Brasil, mas, no mundo inteiro. Dentro deste contexto o que mais chama a atenção é o envolvimento de adolescentes, jovens e adultos de classe média, classe média alta, envolvidos nos mais diversos crimes. Psicólogos, psiquiatras e outros tantos especialistas no tema tenta formar o perfil ou mesmo explicar os fatores motivadores para tal. Consoante ao meu entendimento, associado ao trabalho que desenvolvo, não vejo nem com bons olhos e tampouco um desfecho feliz para tal realidade. Penso que devido aos esteriótipos, as formas de conduta, de criação e educação, os pais principalmente, perderam o timão e dizem com freqüência não saberem como lidar com suas proles, o que em verdade para muitos se tornou uma forma de sublimar suas incapacidades de lidar com tal situação. Mas quais são efetivamente os fatores motivadores deste caos? São muitos! Mas, numa pincelada rápida no contexto pode-se num primeiro momento destacar-se alguns. A exemplo: Pais que tiveram uma educação rígida, de pobreza, de "exclusão social", problemas de relacionamento com seus pais, muita vez motivado pela ignorância destes, drogas e outros, fizeram destes que hoje são pais, "desenvolverem um 'novo modelo' para criarem seus filhos". E a fala da maioria deles é de que; sob nenhuma alegação querem imprimir o mesmo em seus "anjinhos" aquilo que lhe foi imputado outrora. Ledo engano! Note que somente nesta primeira inserção foram destacados pelo menos cinco fatores que contribuem para a atual realidade social, o caos em bem verdade. Se esta premissa fosse de todo verdadeira, é certo que este que vos escreve e seus consangüíneos deveriam ter se envolvido nos mais diversos crimes e contravenções, estado presos ou mesmo mortos já há muito. Posto a realidade que vivemos por um bom tempo em nossas infâncias, no entanto, graças a Deus, isso não aconteceu. A narrativa destes fatos você encontra no meu livro, Entre o "Céu" da Fantasia e o Inferno da Realidade. "Alguns dos fatores citados, nós vivemos e eu hoje como pai também, costumo dizer que algumas coisas que minha mãe fez e até se justifica, (leia o livro), eu jamais imprimiria na educação de meus filhos, mas que outras, a maioria, devem ser passadas de geração para geração". Continuando minha dissertação; outro fator motivador deste caos, é o apelo bombástico ao consumismo e fetiches do momento. Neste sentido os pais continuam errando e por vezes sem fim, mesmo não tendo condições fazem verdadeiros malabarismos para não deixarem seus "filhinhos" à margem da "sociedade", esta, que estou em constante questionamento. E quando o podem fazer, aí os "filhinhos", buscam seus métodos para estarem inseridos no meio. Não preciso dizer os diversos caminhos que são percorridos para tanto. Mas eu ainda não apontei uma possível direção que pelo menos minimize esta realidade, vamos a ela então. Primeiro passo: Pais devem nortear-se e passar aos seus filhos a realidade ao qual momentaneamente estão inseridos. Nada é definitivo, a menos que os envolvidos se acostumem com tal situação. Segundo passo: impor limites, mas atrelados ao diálogo constante sem comparações com outrem. Terceiro passo: Criar desde cedo aspectos de responsabilidades em seus filhos, tais como; a arrumação do quarto, da casa, dos deveres escolares e outros, sempre lembrando de que estes também têm que ter o direito ao lazer. Quarto passo: Escutar as queixas dos filhos, por mais tolas que pareçam ser sempre a um fundo de verdade em seus discursos e neste sentido também, os pais devem se expor contando episódios de suas vidas pregressas. (Esse é um erro que muitos cometem, omitemaos filhos seus passadinhos, querendo imprimeir nestes, aspectos de conduta , moralidade e outros, que nem sempre é tão escuso assim que não possa ser revelado). Quinto passo: Interessar-se pelas coisas, amizades e atitudes dos filhos, isso contribui em muito para ter o "controle" da situação e manter o canal de diálogo aberto. E o sexto e último passo que tem sido um clamor não apenas de religiosos é; espiritualidade, isso é o que mais está faltando nas famílias, colocar Deus em suas vidas, independente de denominação religiosa. Seguindo estas orientações, torna-se mais difícil, um lar ser abalado pelas intempéries advindas deste modelito social hora instaurado de falências multiplas, que tem dizimado famílias inteiras mundo a fora. Espero ter podido dar minha pequena contribuição neste sentido, até porque trata-se de um tema vasto e com muita diversidade de interpretação.
Luigi Matté
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