Rei Momo, BBB e preconceito contra minorias
Rei Momo, BBB e preconceito contra minorias
A Bahia inovou este ano na escolha do Rei Momo. Até 2006 havia inscrição de pessoas com peso acima da média, que concorriam ao ‘cargo’ de Rei do Carnaval. Agora, em 2007, não houve eleição e sim escolha de um Rei Mago, digo, rei magro. Clarindo Silva, proprietário do cinqüentenário bar Cantina da Lua, foi o escolhido.
Polêmicas à parte, insatisfeitos por todo lado, o caso ainda vai gerar muito disse me disse. Sinais dos tempos. “Tudo muda, o tempo todo, no mundo”, como diz a música de Lulu.
No BBB, a receita de sempre, ou seja, a receita da polêmica para chamar atenção. Mais um gay, mais um negro... Por que não uma lésbica, uma pessoa albina, um índio, alguém portador de necessidades especiais, uma pessoa com problemas mentais? A ditadura da estética do belo impera e rejeita minorias.
É a democracia do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, que reina, regada a um bom investimento publicitário que dita as regras. Afinal, minorias não compram (ainda) veículos recém-lançados e outros mimos.
Que viva o povo, bem longe dos critérios de seleção, mas bem perto das telinhas, aplaudindo e “se achando” representado.