O Brasil, desde o seu achamento pela Esquadra Portuguesa comandada por Pedro Alvarez Cabral, em 22 de abril de 1500, constituiu-se de farta história cultural que atravessou os anais seculares até os dias de hoje, porém, sem um entendimento real de todos os acontecimentos de outrora. Valer ressaltar que os fatos em sua maioria foram modificados a fim de não constranger tantas irreverências e atrocidades que ocorreram no passado.
Nossos mais famosos historiadores sempre estiveram com a “goela entalada” frente a tantas pesquisas reveladoras que mostravam um país de saques e prejuízos incontáveis em seu acervo natural de arte, literatura e tantas outras construções inteligentes que sucumbiram no tempo, ao bel prazer de uma minoria.
O curioso é que em nenhum momento da história em todo o mundo, um país com traços culturais tão diversificados conseguiu superar tantas revoltas, tantas ingerências contrárias ao governo e ainda assim, sobreviver ao tempo.
O Brasil, e “diga-se de passagem”, talvez por um inusitado milagre, daqueles que só Padre Cícero saberia operar, não foi divido em fatias territoriais porque existe algo de místico neste povo sofrido, forjado em meio a tantas dificuldades para chegar aos dias de hoje; confuso, abatido e sem uma concreta ideologia de vida, porém, como uma enorme nação, capaz de fazer tremer países no primeiro mundo, com a suas obras culturais, resgatadas e trabalhas, ou mesmo, com repentinos levantes populares que, de um momento para o outro reúne massas que se amontoam, que se misturam, independente de crenças ou raças para protestar contra uma, ou outra coisa.
Mas isso basta? Não, pois ainda somos um país estudado por cientistas de todas as regiões do mundo como se silvícolas ainda fossemos. Acho mesmo que os aborígines da Austrália, país de colonização muito mais precoce que a do Brasil, são tratados com mais respeito, talvez por não haver ali uma diversidade tão grande de costumes por metro quadrado habitado. Não me refiro a um desrespeito da cultura, mas sim de uma raça que não soube se alicerçar e colher de tão magnífica história, os seus frutos.
Talvez, a literatura machadiana já estivesse muito adiantada para aquela época de “Glamour” fluminense, em plena transição social e econômica que se produziu quando o Séqüito Real, com cerca de quinze mil desocupados aportou na pequena província de São Sebastião do Rio de Janeiro, acompanhando os retalhos reais lusitanos, foragidos de Portugal, acuados e amedrontados frente a ira do pequeno notável Napoleão Bonaparte.
Machado de Assis, em sua crônica “O Espelho” procura salientar metafisicamente a relação do “Eu” como um “Ser” descompassado, referenciando talvez o nosso país, que até então existia apenas como colônia; e pasmem, como colônia ainda ficou por muito e muito tempo, mesmo após as dores de barriga de D. Pedro I terem-no chamado ao bom senso e, num delírio transloucado, o feito gritar mil blasfêmias em português de Portugal, que mais tardem foram traduzidas oficialmente por “Independência ou Morte”.
Nossos mais famosos historiadores sempre estiveram com a “goela entalada” frente a tantas pesquisas reveladoras que mostravam um país de saques e prejuízos incontáveis em seu acervo natural de arte, literatura e tantas outras construções inteligentes que sucumbiram no tempo, ao bel prazer de uma minoria.
O curioso é que em nenhum momento da história em todo o mundo, um país com traços culturais tão diversificados conseguiu superar tantas revoltas, tantas ingerências contrárias ao governo e ainda assim, sobreviver ao tempo.
O Brasil, e “diga-se de passagem”, talvez por um inusitado milagre, daqueles que só Padre Cícero saberia operar, não foi divido em fatias territoriais porque existe algo de místico neste povo sofrido, forjado em meio a tantas dificuldades para chegar aos dias de hoje; confuso, abatido e sem uma concreta ideologia de vida, porém, como uma enorme nação, capaz de fazer tremer países no primeiro mundo, com a suas obras culturais, resgatadas e trabalhas, ou mesmo, com repentinos levantes populares que, de um momento para o outro reúne massas que se amontoam, que se misturam, independente de crenças ou raças para protestar contra uma, ou outra coisa.
Mas isso basta? Não, pois ainda somos um país estudado por cientistas de todas as regiões do mundo como se silvícolas ainda fossemos. Acho mesmo que os aborígines da Austrália, país de colonização muito mais precoce que a do Brasil, são tratados com mais respeito, talvez por não haver ali uma diversidade tão grande de costumes por metro quadrado habitado. Não me refiro a um desrespeito da cultura, mas sim de uma raça que não soube se alicerçar e colher de tão magnífica história, os seus frutos.
Talvez, a literatura machadiana já estivesse muito adiantada para aquela época de “Glamour” fluminense, em plena transição social e econômica que se produziu quando o Séqüito Real, com cerca de quinze mil desocupados aportou na pequena província de São Sebastião do Rio de Janeiro, acompanhando os retalhos reais lusitanos, foragidos de Portugal, acuados e amedrontados frente a ira do pequeno notável Napoleão Bonaparte.
Machado de Assis, em sua crônica “O Espelho” procura salientar metafisicamente a relação do “Eu” como um “Ser” descompassado, referenciando talvez o nosso país, que até então existia apenas como colônia; e pasmem, como colônia ainda ficou por muito e muito tempo, mesmo após as dores de barriga de D. Pedro I terem-no chamado ao bom senso e, num delírio transloucado, o feito gritar mil blasfêmias em português de Portugal, que mais tardem foram traduzidas oficialmente por “Independência ou Morte”.