O MÉRITO? É A JUSTIÇA!
E por acaso, as balas perdidas e os disparos homicidas contra os cidadãos inocentes...provêm de armas “legalizadas”?
Há alguns acontecimentos sociais aqui pela cidade que às vezes intrigam, e a forma como tais fatos são veiculados por certa parte da imprensa às vezes também chega a ser irritante.
Eu explico.
Todos sabemos que vivemos uma temida onda de violência.Por todos os lados! O medo nos acompanha a cada esquina.
Ainda recentemente, eu contava aqui que perdemos uma menina amiga, que foi baleada sob os olhos da mãe num assalto de farol. O bandido? Sabe-se lá por onde anda. Aprontando provavelmente.
A menina, num movimento automático, ameaçou abaixar-se no banco da frente para pegar o celular na bolsa e perdeu a vida banalmente.
E esse é apenas mais um caso que engrossa as estatísticas, que provavelmente continuarão a aumentar.
Ocorre que nessa semana um promotor de justiça foi pego de surpresa da mesma forma que tantos outros cidadãos foram abordados e não tiveram a mesma sorte de, depois dum ato desavisado de reação de defesa, conseguir salvar a vida; e o promotor por estar armado atirou e se defendeu a si e a sua acompanhante.
Houve testemunhas da tal abordagem e reconhecimento do assaltante por quatro pessoas por ele antes abordadas, no mesmo local.
Mas tive a impressão que a notícia soou como crítica, pela possibilidade dum porte ilegal da arma. O mérito da questão se inverteu, vejam só! e se direcionou para a legalidade ou não do porte.
O foco era a abordagem criminosa , o iminente risco de vida, e a falta de policiamento.
O que deveria sim, era ter policiais informados dum local em que tantos já foram assaltados!
Bom, se houve um delito de porte ilícito, com certeza não foi maior que o do assaltante potencialmente homicida, e aí vale a legítima defesa, ou não vale mais?
Agora, tive a impressão que apenas por se tratar dum promotor de justiça, a ordem natural das coisas se inverteu. Chegaram a dizer que o assaltante não era bandido e que não estava armado. È demais! E a imprensa ainda informava em tom estranho que o promotor continuava em serviço.Mas é óbvio que sim! Salvou a sua vida e deveria ser afastado?
Achei essa informação desnecessária e um desrespeito!
Expliquem-me isso, por favor, porque não consigo entender.
E me perdoem se estiver equivocada. Às vezes tenho um pouco de dificuldade de captar certas coisas...
Será que um promotor de Justiça ou qualquer outro cidadão do bem torna-se imune à violência e por conseguinte deverá abrir mão do instinto de sobrevivência?
Mas em sã consciência, existe alguém entre nós, que em tal situação, numa cidade em que a cada minuto alguém perde a vida nos faróis, pagaria para ver?
Esperaria para atirar? Ainda que fosse por um porte ilegal?
-Por gentileza senhor assaltante , por acaso poderia me mostrar sua arma?
E em caso positivo:
-O senhor me esperaria legalizar o porte da arma que tenho em mãos?
Não seria melhor rever alguns conceitos, e reverter certos absurdos?
Informar sim, transformar e pre julgar... tendenciosamente...jamais.
O mérito é sempre a justiça!