ÉTICA - A CIÊNCIA DA MORAL
Hoje em dia é muito comum ouvirmos falar em “ética”. Mas, afinal, o que é “ética”?
Recorrendo ao dicionário da Língua Portuguesa, descobrimos que “ética” tem como sinônimo “deontologia” (parte da filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a sociedade) e Ciência da Moral.
Vários produtos que encontramos nos supermercados são portadores de uma etiqueta ou tarja, onde se lê: “Aprovado pelo Código de Ética”. Isto quer dizer que aquele produto está ou deveria estar dentro do padrão de qualidade exigido por algum órgão ou departamento de fiscalização (público ou privado), para atender às necessidades a que se propõe.
Na verdade, nada disso seria necessário se as pessoas que participam do processo de produção de determinado produto tivessem dentro de si mesmas o verdadeiro “Espírito de Ética”, ou seja, fossem realmente honestas.
Devido à grande falta de consciência, à desonestidade, à ganância, e, principalmente à falta de sinceridade, foi preciso criar vários institutos controladores e fiscalizadores para proteger o consumidor de pessoas inescrupulosas, de má índole, antiéticas, ou, no mínimo incompetentes na produção desses produtos, que muitas vezes podem trazer risco à saúde e até à vida.
Mas, a “ética” está ausente em quase todos os setores da civilização moderna, especialmente no 3º mundo.
Na política, por exemplo, a falta de “ética” é impiedosa. Pretensos políticos usam e abusam do poder público para garantir a si próprios a perpetuação no poder. Descaradamente, sem nenhum pudor, e completamente desprovidos de “ética”, articulam os mais inacreditáveis “conchavos” que lhes garantem a vitória nos pleitos.
Infelizmente, nem sempre os institutos e órgãos controladores são imparciais ou idôneos. Por isso, a verdadeira fiscalização deve ser feita por cada cidadão, visando sempre o interesse coletivo e, denunciando toda vez que notar alguma irregularidade, em qualquer ramo de atividade.
Não podemos esquecer que estamos em um ano político e que, nestas épocas, a falta de ética é muito mais explícita. Sendo assim, devemos também explicitar nossa vontade de mudança e aproveitar o próximo pleito para mostrar, com nosso voto, toda a nossa indignação e, que o povo não aceita mais esse tipo de comportamento, banindo da vida pública aqueles que, comprovadamente não têm um pingo de “ética”.
Esta será uma boa oportunidade de prepararmos nossa sociedade para nós mesmos e, principalmente para as próximas gerações.
Só assim teremos condições de ser mais felizes.
Jeronimo Madureira
*Artigo publicado no Jornal Correio da Cidade (de Marica) e O Globo (Cartas dos Leitores) em Maio de 1996 e reescrito em 08 de janeiro de 2008, devido ao fato de estar, ainda, atual.