Abaixo a censura

Acontecem fatos nesse país que realmente não entendo. Busco inspirações para saber se o problema sou eu, talvez a minha ignorância ou a minha pequena intelectualidade encontra-se desprovida de compreensão, de entender algumas decisões dos magistrados.

É inaceitável conceber censura a qualquer veículo de comunicação impedindo-o de exercer o seu papel de informar a população sobre as mazelas que ainda acontecem nos palcos da política brasileira, a verdade prevalecerá, a verdade têm que aparecer doa a quem doer. Não interessa se as denúncias atingem o presidente da república, magistrados, deputados, senadores e até ao mais simples dos cidadãos, em hipótese alguma devemos compactuar com o encobrimento de informações que denunciam irregularidades.

Talvez o magistrado que estipula tal censura compartilha das mesmas idéias do projeto de ditador denominado Hugo Chaves, pois o mesmo deixa transparecer em suas palavras que não admite que fale mal de seu governo, tão pouco permite a veiculação de denúncias que envolvam seu nome. Um presidente com idéias ultrapassadas que o povo repudia, um ditador solitário em uma América já consolidada pela democracia, assim é aquele que tenta censurar a veiculação de reportagens comprometedoras em um país onde a democracia já faz morada e na própria Constituição Federal (Lei Máxima), no Art. 5 deixa claro a liberdade de expressão, reforçada no Art. 220, declarando a qualquer leigo a liberdade de se expressar, sendo vedado o anonimato.

É preciso fazer valer os nossos direitos, contestar sentenças que vão contra a Constituição, enfrentar as decisões com todo direito que possuímos como cidadão, repudiar qualquer ato de censura aos meios de comunicação, repreender esse defensores da ditadura militar, simpatizantes do AI-5, temos que mostrar a eles que aqui não toleramos mais nenhum ato de censura, quanto mais a proteção a algumas pessoas para livrá-las da punição.

“Aos inconformados, aos que ousam contestar, desafiar ou até enfrentar a autoridade estabelecida; aos revolucionários; aos que se põem no rumo do além dos preconceitos e do ‘natural das coisas’, é a estes que a humanidade deve o seu progredir.

Os que destas lutas fazem o seu dia-a-dia é que são imprescindíveis.

Os que, além disto, sabem dos inúmeros pequenos passos e tropeços de que se fazem os caminhos – e não se rendem – são ainda melhores “. (autor desconhecido).

Viva a liberdade de imprensa que conquistamos com duras batalhas, viva aqueles que não se calam, a todos que lutam pela verdade, viva a memória do saudoso jornalista Tim Lopes, vítima de bandidos cruéis, desumanos, que nesse artigo sequer merecem ter seus nomes torpes divulgados, tal é a sua insignificância para a sociedade que os consideram metediços, seres abomináveis que ousaram abreviar a vida de um divulgador da realidade em pleno exercício de sua função. A verdade prevalecerá doa a quem doer.

Giomário Nunes Torres
Enviado por Giomário Nunes Torres em 05/01/2008
Código do texto: T803381
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