3a Parte TUDO QUE FIZ E TENTEI NA VIDA...
Após quase cinco anos como militar no Corpo de Fuzileiros Navais eu fui compelido, por força de punições a deixar a vida militar e um sonho de carreira, voltaria aos estudos e fui fazer um teste na Cia Paulista de Ferro Ligas em Corumbá, na empresa privada Ferro Ligas fui trabalhar no Almoxarifado, onde fiquei por pouco tempo, pois fui convidado a fazer um concurso para eletricista e Artificie de comunicações no Departamento Indústrial do Sexto Distrito Naval de Ladário, fui aprovado e contratado via concurso público em 1981, nessa época eu havia feito dois cursos técnicos no Senai e fazia eletricidade na Escola Santa Teresa de Corumbá e ne preparava para fazer vestibular na UFMS. Nessa época eu já militava em Movimentos Sociais e participava ativamente de Movimentos políticos e comunitário.
Como servidor público Federal da Marinha civil, tudo ia bem até começar a ajudar a luta pela Periculosidade dos servidores do Arsenal da Marinha de Ladário, passei a encabeçar o Movimento da Periculosidade e também passei a ajudar a organização de CIPAS que eram Comissões de Segurança no Trabalho visando impedir ou prevenir Acidentes graves dos operários civis.
As dificuldades me obrigaram a escrever diretamente ao Almirante Alfredo Karam que era , então Ministro da Marinha, em tese a ditadura estava acabando,mas mesmo no governo civil ainda haviam muitos resquícios do Regime e lutar por direitos trabalhistas era sinônimo de ser subversivo e o Serviço de Informações vivia no meu encalço, Para o Comando da Base a época, minha simples carta ao Ministro Karam Almirante de quarto estrelas muito respeitado, pois era um militar dedicado exclusivamente a sua carreira e muito desciplinado e sério, foi uma afronta para oficiais subordinados a ele. Porém ele ne respondeu a carta, de forma ética e muito educado, inclusive agradeceu o livro de minha autoria que mandei para ele junto com a Carta cobrando a periculosidade dos civis. Porém, por passar por cima do Comando do Sexto Distrito Naval foi aberto um processo disciplinar contra minha pessoa e assim, mesmo obtendo a vitória e fazendo a Marinha pagar o direito dos Civis fui compelido a pedir exoneração sob pena de ser punido com demissão a bem do serviço público em 1985. Mais uma vez perdia um emprego... Porém saí feliz, por provar minha tese de que ia Civis tinham direito a periculosidade e todos receberem até o atrasado, menos eu. Mas valeu a causa na minha visão , apesar do preço alto que paguei.
Depois disso fui convidado para trabalhar na Unidade Regional do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho de Mato Grosso do Sul, onde participei do trabalho de apoio a Sindicatos e Associações comunitárias e nesse período fundamos uma Associação de inquilinos e mutuários para tentar impedir despejos e lutar junto ao governo para a construção de casas populares para a população mais pobre de Corumbá e Ladario. Na próxima Parte vou falar do concurso para a Rede Ferroviária estatal e minha experiência de agente de Estação na RFFSA e as lutas sindicais contra a privatização e na Defesa do Trem do Pantanal. Até lá