A Cor da Consciência

Brasileiros. Vivem numa sociedade cheia de discriminação preconceituosa e não se dão conta, às vezes, do lobo em pele de cordeiro que está a uivar em todos os cantos, roubando nossos sonhos, nossa vida social.

Recentemente inventaram um novo feriado. Será que é um novo tributo ou a expressão da pouca vontade de trabalhar? Um número grande de brasileiros não gosta de trabalhar. Gosta de ir ao trabalho, compartilhar os acontecimentos sociais, políticos e quando é momento de contribuir para o crescimento comunitário, vem a tão famosa preguiça que impera e sobra a inércia intelectual.

Nesse novo feriado deram cor à consciência: Dia da Consciência Negra. Uma frase de efeito que por defeito não traduz coisa alguma. Interessante é lembrar que os brasileiros costumam associar a cor negra a coisas ruins, como – “A coisa tá preta!” – “Imagem denegrida”. Será esse novo título uma tentativa de remir dos erros antigos ou uma mensagem subliminar? É notório que se conhece a árvore pelos frutos e não o contrário.

Quando o título de machista é atribuído à sociedade atual, tudo bem. Existe uma certa aceitação para esse fato. Não podemos deixar de lembrar que os movimentos feministas fizeram grandes avanços no combate desse cancro. Numa sociedade tipicamente machista criaram o dia da mulher. Esse novo feriado, por municípios rejeitado, tende a ser fruto da mesma raiz cheia de nódulos de nitratos-discriminatórios.

É hora de arregaçar as mangas e partir para a luta! Chega de recessos e paradas para dormir mais um pouco sob a égide da benevolência social! É chegado o momento de não deixarmos a peçonha nos contaminar, prestar atenção nos bebedouros do conhecimento e assegurar que a fonte não está corrompida ou desviada por interesses individuais ou financeiros!

Enfim, as entrelinhas. Palavra tão utilizada e pouco analisada. Mas são essas entrelinhas que passamos por desapercebido e vemos estrelinhas das pancadas que recebemos por não perceber a maldade existente em muitos dirigentes e direcionadores de massa, que usam nossa raça, para fazer graça e de graça levar nossa praça.