NO TRATO E NO TATO NÃO SOMOS EXATAMENTE DUAS PARTES DIVÍSÍVEIS
Cartazes com mensagens sobre agressões de homens em um banheiro de um mercado daqui da capital Mineira, dão conta que até em pensamento o homem é um agressor da mulher. De acordo com quem colocou lá tais cartazes, estamos, todos do sexo masculino em uma vala comum. Tipo: o Zé agrediu a Maria, mas culpa é do Joaquim e do Juca também.
Agressões são mostradas o tempo todo pela imprensa e devem ser coibidas com penalidades previstas em lei aos agressores, somente a estes, e os cartazes expostos no tal banheiro embaralham todos. Alimentam a idéia que um homem é um inimigo da mulher. Tentar adivinhar se um homem agrediu uma mulher como expõe tais mensagens e mais, qualquer homem, sem que flagrantes situações possam expor o agressor e eliminar de acusações subjetivas os demais, causa um desconforto que não tem tamanho. Cartazes de caráter educativo são primordiais mas alguns são a ostentação cruel Pois nem todo homem cabe em cabe em tal bojo.
Seria mais justo expor o agressor no ato da agressão e parar de rotular o sexo masculino com um todo. Até mesmo para conseguir o resultado almejado que seria promover o respeito mútuo. Algumas mensagens são claramente direcionadas para a contra-mão do princípio da igualdade. Meninas não devem crescer vendo nos meninos futuros e prováveis agressores e do jeito que a coisa vai, é essa visão que a ambos será passada.
Campanhas em defessa da mulher são necessárias e devem ser intensificadas, mas o santo é de barro. Posturas acirradas ´não escolhem lado e podem não alcançar o resultado almejado. Qualquer homem que não agride mulheres não vê com bons olhos tais campanhas que tornam todos do sexo masculino iguais no quesito "agressor". Observações públicas como "provavelmente você agrediu uma mulher e não sabe" ,além de não levar quem lê a uma reflexão pode interpretar tal citação como uma falta de tato em uma relação que precisa existir. quem escreveu é adivinho? Está acusando um homem qualquer, que nunca viu antes e apenas foi usar o banheiro? No caso do tal banheiro a falta de tato mencionada foi usar o anonimato para alcançar todos os homens mostrando que não querem apontar o dedo para os reais agressores, vistos por ai a cada dia, deve-se ir até eles e não apresentar leituras cujo objetivo é aborrecer a parcela de homens que não merecem o que ali se publicou e mais em um banheiro não privativo mas privado, cobrando para entrar e ser submetido a tais leituras. Precisamos buscar meios para aproximar cada vez mais homens e mulheres.