História Geral e Maçonaria
A Maçonaria não se perde na antiguidade da história do Homem como pretendem alguns no intuito de justificarem a sua origem em um passado distante, onde teria contribuído para o desenvolvimento da humanidade. Os símbolos presentes no Egito, na Mesopotâmia, na Grécia, não significam a presença dos maçons na vida daqueles povos.
O Colégio de Artífices de Roma que teria sido instituído por Numa Pompílio, que para Rizzardo de Camino se imputa a tarefa de ter mantido a Maçonaria em grande evidência no século II, também não é o ponto de origem da Maçonaria.
A História como ciência para considerar um fato como sendo verdadeiro exige a existência de provas e documentos que possam demonstrar a veracidade dos acontecimentos que são trazidos ao conhecimento das pessoas. Não bastam meras especulações é preciso a comprovação dos fatos para que estes possam ser considerados como verdadeiros.
A respeito da origem da Maçonaria pode-se citar o documento conhecido entre os pesquisadores como Poema Régio de 1390, século XIV, mas que não significa necessariamente o início da Maçonaria operativa formada pelos mestres construtores e os seus auxiliares, que foram os responsáveis pela construção dos grandes templos da fé cristã.
A participação da Maçonaria nos movimentos históricos para efeito de estudo deve ser considerada a partir das Constituições de Anderson e da Fundação da Grande Loja da Inglaterra no século XVIII.
O primeiro movimento importante do século XVIII que contou com a participação conhecida de membros da Maçonaria foi a Revolução Francesa de 1789. A tomada da bastilha no dia 14 de julho de 1789, inaugurou uma nova história na vida da humanidade, que demonstrava a sua insatisfação e o seu descontentamento com o poder absoluto, onde o rei era o representante de Deus na terra e exercia suas funções sem qualquer respeito pelo povo.
Segundo os estudiosos da Maçonaria os ideais franceses de liberdade, igualdade e fraternidade, foram incorporados pela Arte Real. Em muitas lojas, estas belas palavras estão reproduzidos na entrada do templo. A luta pela liberdade fez com que os maçons franceses participassem ativamente do movimento que colocou um término os laços ditatoriais da Monarquia.
Os ideais franceses foram levados para o novo Mundo, e principalmente para a América do Norte, onde o povo americano que não mais aceitava o julgo da coroa inglesa resolveu lutar por sua independência. As treze colônias que juntas formaram os Estados Unidos da América sob a liderança do maçom George Washington após muitas lutas conseguiram a sua libertação do domínio inglês.
Na América Latina, a Maçonaria contribuiu de forma decisiva para a independência da Argentina, Bolívia, e outros países, que foi representada pela atuação firme e corajosa dos irmãos San Martin e Simon Bolívar. Em Cuba, encontramos a luta do grande poeta da liberdade e herói da América o irmão José Marti que influenciou Fidel Castro e seus seguidores nas batalhas travadas em Sierra Maestra. No Brasil, independência no dia 07 de setembro de 1822, está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente do Brasil, que ocorreu no dia 17 de junho de 1822, e que teve como primeiro Grão-Mestre José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da independência.
Os irmãos Joaquim Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e José Bonifácio de Andrada e Silva participaram ativamente no movimento que levou Dom Pedro I, que foi iniciado no dia 02 de agosto de 1822 e adotou o nome de Guatimozim (último imperador Asteca morto em 1522), a proclamar da independência do Brasil de Portugal. O objetivo principal da criação do GOB foi engajar a Maçonaria como instituição, na luta pela independência política do Brasil, conforme consta de forma explícita das primeiras atas das reuniões, onde só se admitia para iniciação e filiação em suas Lojas, pessoas que se comprometessem com o ideal da independência do Brasil.
Os maçons também participaram ativamente da abolição da escravatura e proclamação da República e de todos os movimentos de redemocratização que foram vivenciados pela nação brasileira. A participação da Maçonaria na História do Brasil é uma demonstração da luta pela liberdade, que é o bem mais precioso pelo qual o maçom deve se dedicar em nome dos princípios que regem sua vida.
Em qualquer lugar do mundo, a Maçonaria por meio de seus integrantes, homens valorosos e idealistas, estará presente participando e lutando pelos mais sublimes ideais, liberdade, igualdade e fraternidade. Onde existir um movimento justo e voltado para a defesa do povo e da liberdade, lá estarão os maçons.
A História é construída a cada dia, e desde o seu surgimento ainda que sua data inicial seja incerta, a Maçonaria tem participado e contribuído para o aperfeiçoamento e melhoria dos povos em qualquer lugar do mundo. O maçom é reconhecido como tal em qualquer lugar, e a defesa da liberdade será sempre sua bandeira. Avante meus irmãos com a sublime Arte Real, que é uma bela instituição, que contribui e vem contribuindo na luta pelos ideais de Justiça em qualquer rincão da América e do Mundo.
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