VENCENDO AS DROGAS COM DEUS

Por Davi Santos do Amaral, escrito por volta de 1994 e 1995

No princípio Deus criou o Homem perfeito, deu a ele a terra perfeita e repleta de maravilhas e pôs no centro do Éden um obstáculo como forma de provar a sua lealdade.

Por essa ocasião houve revolta no céu e Lúcifer, um dos mentores ¹, por Deus mesmo criado, ao qual foi dado grandes poderes e responsabilidades, quis tornar-se superior a Ele, sendo assim expulso do céu juntamente com a terça parte dos anjos. Esse então, tomando forma de uma serpente, animal alado de aparência exótica, aproximou-se de Eva sugerindo maliciosamente que provasse da maçã ², pois que tão bela fruta, parecia ser saborosa e que mal teria só em prová-la. Ela provou e ofereceu a Adão, que por sua vez também comeu, abriram-se então os olhos do homem para o mal que então não conhecia. Através de um só homem entrou o pecado no mundo e contaminou a terra.

Também Jesus foi tentado quando jejuava no Monte da Oliveira ³ e nessa oportunidade Satanás apareceu a Ele na forma de um anjo de luz.

Hoje trilhamos todos pelo mundo onde nenhum de nós é perfeito; um deu falso testemunho, outro matou, outro roubou, outro deixou de amar ao próximo, outro adulterou, etc.. Por vontade de forças alheias, as drogas encontram-se infiltradas na sociedade com muito fácil alcance. Alguns resistem à oportunidades de usá-las, outros são persuadidos após um conflito interior, lembrando conselhos recebidos, mas, finalmente, “como podemos formar opinião de coisas que não conhecemos? Nossos pais não usaram drogas,” argumentam, “como podem saber que faz mal? Acho que este é um conceito imposto pela sociedade porque não rende imposto,” concluem, “e não é por usar que eu tenha que ser um marginal,” desculpam-se. Então cedem a primeira vez com título de experiência..., mas a fruta se parecia deliciosa, então comemos.

As tentações nos vêm sempre em formas encantadoras onde não parece haver nenhuma maldade, escondendo a face “craquenta” da realidade que oferece. Quando praticamos um erro pela primeira vez, a segunda torna-se então mais fácil e, gradualmente, nas próximas vezes já se faz sem pezar e começa a parecer normal, por mais terrível que seja.

Quando cedemos a atitudes negativas, passamos a atrair compulsivamente coisas negativas ao nosso redor, de forma que começa a surgir cada vez mais oportunidades para praticar o mal a título de beneficiar-se. Na prática intermitente do uso de drogas, vamos alcançando por prêmio os mais baixos escalões da existência humana, quando então o espírito tão sofrido já pede socorro, mas não tem mais voz, pois a droga se fez dona de seu corpo.

Assim todos nós aqui chegamos, traídos pelo prazer, humilhados, angustiados com as mais diversas amarguras, cada um com uma história diferente, uma versão específica da derrota, implorando incessante pela ajuda de Deus, que parece que não ouve mais. Também pudera. Onde foi que ficou Deus nessa história? Cheguei até mesmo a duvidar de Sua existência, quando por Ele é que fui criado.

Mas deus é Pai e grandioso em misericórdia, nunca esquece um filho seu. É preciso que façamos uma mudança radical em nossas vidas, nos pensamentos e atitudes, que devem novamente ser direcionados a Ele. É hora de pedir a Ele, de coração, perdão dos erros até aqui praticados e agradecer que, afinal, ainda temos vida. Voltar a ter comunhão com Deus sem jamais esquecer quando tudo vai bem. Pedir a Deus que nos ajude, que dê força para permanecermos firmes no propósito de vencer a luta contra as drogas e demais tentações e que Ele dê sabedoria para fazer distinção entre o bem e o mau, optando sempre pelo caminho da retidão.

Que Deus esteja com todos nós, iluminando as nossas trajetórias e derrame sobre nós as Suas bênçãos para que sejamos cada dia melhores servidores no objetivo de Sua Graça.

Davi Amaral

1 – Seu conhecimento sobre a Bíblia, adquiridos antes de abandonar a igreja, com menos de quinze anos, ainda não lhe davam saber que Lúcifer não é mentor, apenas Deus, Seu Filho e o Espírito Santo o são. Lúcifer é um dos seres criados, tendo um posição hierárquica muito próxima a Deus, mas sem os atributos de Deus.

2 – Também ainda não tinha conhecimento de que a maçã como a fruta do pecado original era apenas um folclore criado pelos católicos há milênios, pois a Bíblia não especifica que fruta era.

3 – Equivocou-se, não intencionalmente, quanto ao lugar de tentação de Jesus. No Monte das Oliveiras Ele sofreu a angústia precedente a crucifixão e no deserto é que o diabo o tentou logo após Seu batismo.

Davi Amaral
Enviado por Davi Amaral em 02/01/2008
Reeditado em 04/01/2008
Código do texto: T800217