Janeiro de Janus e Setembro adiante sem Deuses
Janeiro — O primeirão se chama janeiro em homenagem a Jano. O deus da mudança (dos começos e dos fins) tinha duas caras que olhavam em direção oposta. Uma mirava o passado (o ano que acabava); a outra, o futuro (o ano que começava).
Fevereiro — O nome homenageia Februa, deus da purificação dos mortos.
Março — Como Márcio e marciano, março deriva de Marte, o deus da guerra.
Abril — O dissílabo tem tudo a ver com aprilis. Já ouviu falar? Trata-se da comemoração sagrada em homenagem a Vênus — a deusa do amor e da entrega.
Maio — Nascido no Hemisfério Norte, onde o inverno mata gente, bichos e plantas de frio, maio se identifica com a primavera. As comemorações que se faziam depois da neve revenciavam Maia e Flora — deusas relacionadas ao crescimento de plantas e flores.
Junho — Juno, origem de junho, é o nome romano de Hera, a primeira-dama do Olimpo. Defensora incondicional do casamento, a mulher de Zeus se tornou protetora da maternidade. Junho a homenageia.
Julho — Antes de janeiro e fevereiro mudarem de lugar, julho era o quinto mês. Nada mais lógico que se chamar quintilis. Mas, em 44 a.C., mudou de nome em homenagem a Júlio César. O grande líder romano, assassinado por gente de casa, disse ao ver o algoz: “Até tu, Brutus, meu filho?”
Agosto — Olha a ciumeira. Agosto era o sexto mês do ano. Chamava-se sextilis. Mas, como julho bagunçou o calendário, o primeiro imperador de Roma (sucessor de Júlio César) não ficou atrás. “Eu também quero”, exigiu ele. Levou.
Setembro, outubro, novembro e dezembro — O quarteto não deu bola pra mudança de janeiro e fevereiro. Manteve o nome. Setembro, do latim septe, era o sétimo mês do ano. Outubro, de octo, o oitavo. Novembro, de nove, o nono. Dezembro, de decem, o décimo.
Nota final,Agosto-Augustus Caesar.
N. do A.