Melancolia Patológica
Esse modelo de experiência, Freud chamou de ‘melancolia’.
Aquele (ou aquilo) que se foi, levou junto com ele inúmeras questões mal resolvidas.
Muito provavelmente culpas e sentimentos tão desconfortáveis que sequer puderam ser nomeados, eram características do vínculo que tem seu desfecho no modelo patológico da depressão depois da perda.
O sujeito não é capaz de acreditar em si mesmo depois da perda ocorrida.
Passa a se depreciar, desacreditado, de seu valor próprio.
O amor do objeto perdido era essencial para que continuasse contando com a sua auto-estima.
Na melancolia , a perda no mundo externo leva ao rebaixamento da autoestima em certo nível que compromete o funcionamento saudável da mente.
Isso porque o sujeito não pode continuar funcionando bem sem aquele (ou aquilo ) que perdeu.
Enquanto na depressão normal,
( processo de luto ), a perda é do objeto amado,
Na melancolia patológica,
(estado de melancolia ), o que se perde é a capacidade de se amar e de amar outrem.