LIÇÕES DO DINIZ!

Quem acompanha futebol há muitos anos como é o meu caso, por exemplo, sabe que esse esporte mudou. Não é que a bola passou a ser quadrada como gostaria que fosse o Quico (ou Kiko) do seriado Chaves, rs. Que mão na bola dentro da grande área não é mais pênalti (embora para muitos árbitros erroneamente não seja mesmo). Ou, que cada tempo de jogo passou dos 45 para 60 minutos (apesar que os acréscimos tenham aumentado). Não foram essas mudanças que ocorreram de fato. O que mudou foi a maneira de jogar e, principalmente de organizar o time dentro de campo (há quem não concorde que tenha sido só isso, ok). Porque o número de jogadores, das traves e a bola continuam do mesmo jeito. É, portanto, na maneira de se organizar que aqui no Brasil pode-se dizer que Fernando Diniz realmente veio para "revolucionar." Com uma proposta de posse de bola e aproximação dos jogadores a todo custo (não me recordo de outros técnicos brasileiros com esse método) os times comandados por ele não se desfazem facilmente da pelota. Tocam, tocam e tocam em frente a grande área mesmo flertando a todo instante com o perigo de levar gol. Neste quesito, gostem ou não, o técnico do Fluminense realmente "revolucionou." A grande maioria dos times quando pressionados chutam a bola para "qualquer lado." Diniz não aceita isso de maneira alguma. Esse é, a meu ver, o seu lado positivo, isto é, uma pessoa de convicções mesmo diante de inúmeras pressões. Por outro, o lado negativo é justamente suas convicções (que contraditório) ou seja, ele não abre mão delas. Haja vista o jogo da semana passada onde seu time tomou de 4X0 do Manchester City da Inglaterra e, que poderia ter tomado bem mais (embora neste jogo específico os gols não foram necessariamente culpa das suas convicções). Bem, todos nós somos pessoas de convicções de vários aspectos da vida e, muitas delas de fato não abrimos mão. Há muita coisa em jogo! No entanto, isso não significa que algumas delas nunca possam ser melhoradas ou até mesmo totalmente mudadas principalmente quando é nítido a necessidade disso. Podemos, por exemplo, multiplicar, dividir, somar e subtrair (utilizando termos matemáticos) desde que realmente as circunstâncias provem e mostrem que há necessidades, porque do contrário, é orgulho disfarçado de sabedoria ou até mesmo de humildade.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 30/12/2023
Código do texto: T7965164
Classificação de conteúdo: seguro