Freud e os Sonhos
Para o pai da psicanálise, os sonhos revelam desejos reprimidos pela mente.
Sigmund Freud também afirmou que eles servem como conciliador da psique humana.
O livro "A Interpretação dos Sonhos", lançado em 1900 pelo psicanalista Sigmund Freud, traz relatos de sonhos de pacientes e do próprio autor.
Sua teoria era simples:
- As manifestações oníricas nada mais
eram que a realização de desejos escondidos em nossa mente — na maioria das vezes, reprovados pelo superego, o sensor da psique.
“São fenômenos do psiquismo em que realizamos nossos desejos inconscientes, e o sonho é o resultado de uma tentativa de conciliação.
Dormimos, satisfazemos o desejo no sonho e, então, o removemos”, explica o psicólogo e médico Roberto Debski.
Mas todos nossos sonhos seriam motivados por desejos, inclusive os pesadelos?
Você já desejou ser perseguido por um psicopata ou cair de um penhasco?
Segundo Freud, todas as cenas representadas durante o sono têm significados, apesar de o
sentido ser oculto.
“Ocorre que a mensagem é cifrada, dita de
maneira disfarçada e dissimulada”, relata o psicólogo e professor André Gellis.
A partir dessa ideia, o psicanalista instituiu dois elementos essenciais para o entendimento dos sonhos:
1- Os conteúdos manifesto
2- Os conteúdos latente.
O primeiro é o que o sonhador conta, enquanto o outro é o significado da passagem, feito após a análise.
Os dois conteúdos seriam provocados pelas estruturas da mente humana.
O sentido manifesto, segundo a psicanálise, é uma máscara criada pelo superego.
O sentido latente seria obra do id, que revela o desejo da pessoa por trás da narrativa aparentemente absurda.
“Muitas vezes, o sonho manifesto, aquele que a pessoa vai expor, pode ser uma libertação de determinados desejos reprimidos ou pensamentos e medos que a deixavam com
problemas de auto- estima e dificuldade de encarar sua personalidade”.