DONALD WINNICOTT

Winnicott conserva a tradição de maneira curiosa, em grande parte distorcendo-a.

A sua interpretação dos conceitos freudianos e kleinianos é tão idiossincrática e tão pouco representativa da formulação e intenção originais deles a ponto de torná-las, às

vezes, irreconhecíveis.

Ele reconta a história das ideias psicanalíticas não tanto como se desenvolveram, mas como ele gostaria que tivesse sido, reescrevendo Freud para torná-lo um predecessor mais claro e mais fácil da própria visão de WINNICOTT.

Para Winnicott é nos primeiros seis meses de vida, aproximadamente, que o ser humano bebê acha-se num estado de total dependência do meio, representado, nessa época, pela mãe ou por um substituto.

O bebê depende inteiramente do que lhe é oferecido pela mãe, porém o mais importante, e que constitui a base da teoria, é o desconhecimento de seu estado de

dependência, por parte do bebê.

Na mente do bebê, ele e o meio são uma coisa só.

Ora, idealmente, seria uma perfeita adaptação às necessidades do bebê que a mãe permitiria o livre desenrolar dos processos de manutenção.

Winnicott diz que o inconsciente (Id) só pode existir depois que houver um Eu (ego) que possa constituí-lo como reprimido, para

ele nos estágios mais precoces do desenvolvimento da criança, portanto, o funcionamento do ego deve ser considerado um conceito inseparável daquele da existência da criança como pessoa.

Não há id antes do ego.

Will Juiz
Enviado por Will Juiz em 26/12/2023
Código do texto: T7961956
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