O Aparelho Psíquico para Freud, Winnicott e Klein.
* Distanciamentos e aproximações do conceito de Aparelho Psíquico.
1. SIGMUND FREUD
Freud se referiu ao termo do aparelho psíquico como a uma organização psíquica dividida em instâncias (ou sistemas)
psíquicas, com funções específicas e que estão interligadas entre si.
Nesse sentido, Freud descreveu dois modelos, sendo eles:
* O
topográfico e,
* O estrutural.
Segundo (LAPLANCHE, 2001) o aparelho psíquico seria:
- A expressão que ressalta certas características que a teoria freudiana atribui ao psiquismo à:
Capacidade de transmitir e transformar uma energia determinada e a sua diferenciação em um sistemas ou instâncias.
Ao falar de aparelho psíquico, Freud sugere a ideia de certa organização, de uma disposição interna, mas faz mais do que ligar diferentes funções a lugares psíquicos específicos, atribui a estes uma dada ordem que acarreta uma sucessão temporariamente determinada.
A coexistência dos diferentes sistemas que
compõem o aparelho psíquico, não deve ser tomado no sentido anatômico que lhe seria atribuído por uma teoria das localizações
cerebrais.
Implica apenas que as excitações devem seguir uma ordem que fica no lugar dos diversos sistemas. (LAPLANCHE, 2001)
Conforme PERVIN (2004). O conceito de inconsciente sugere que existem aspectos do nosso funcionamento dos quais não estamos cientes, e que grande parte de nossos comportamentos são determinados por ele.
Nesse sentido, a vida psíquica pode ser
descrita em grau que estamos conscientes com o fenômeno.
O
consciente que se relaciona com fenômenos dos quais estamos consciente em dado momento, o pré-consciente que podemos estar conscientes se prestarmos atenção a ele e o inconsciente que não estamos conscientes e dos quais não podemos estar conscientes.
Segundo Hall, Lindzey e Campbell (2000) a personalidade é constituída por três grandes sistemas:
* id,
* ego e
* superego.
O id é o sistema original da personalidade, a matriz do qual surge o ego e o superego.
Freud chamou de verdadeira realidade psíquica porque representa o mundo interno da experiência subjetiva e não tem nenhum conhecimento da realidade objetiva.
Opera pelo princípio de prazer que seria uma redução da tensão.
Já o ego é segundo Pervin (2004) expressar e satisfazer os desejos do Id de acordo com a realidade e as demandas do superego.
Enquanto o Id opera pelo princípio do prazer, o ego opera pelo princípio da realidade.
E por último o superego, que representa o ramo da moral do nosso funcionamento, ideais que lutamos e a culpa que esperamos quando violamos nossa moral.