CONJUNTO NOVA ESPERANÇA
Francisco de Paula Melo Aguiar
No final da década de 60, o então prefeito Heraldo da Costa Gadelha, conseguiu com os proprietários do Engenho Tibiri, representado pela senhora “Lili Santiago”, permissão para que o povo de Santa Rita que não tivessem casa própria, receber uma ordem de ocupação de pequenos terrenos de cinco metros de frente por vinte e dois metros de fundos, na área de terra improdutiva situada nas ladeiras da famosa “Cruz do Deserto”, localizada atualmente na Rua 1º de Maio com a Rua Tiradentes, logo no final da "escadaria", no Conjunto Nova Esperança. E o povo procurou in loco os donos das terras que “sobe e desce” as ladeiras do atual Conjunto Nova Esperança e receberam as “ordens de ocupação” dos terrenos para construírem de taipa suas moradias, por outro lado, a administração pública municipal não cobrava a exigência de alvará para que o povo construísse suas casas. Eram poucas casas cobertas de telhas, em sua maioria eram cobertas de palhas de coqueiros, de cana ou de capim. A edilidade colocou a posteação da iluminação pública no prolongamento da Rua Paraíba do Tibiri I até o final da primeira rua do então “Conjunto dos Pobres”, nome como o povo batizou o atual Conjunto Nova Esperança, cujo nome de “NOVA ESPERANÇA”, foi dado pela Câmara Municipal de Santa Rita, através de um projeto de lei que o então Vereador Francisco Aguiar, apresentou e que foi aprovado por unanimidade, sobre a alegação que era uma humilhação taxar um conjunto residencial de conjunto dos pobres, porque “pobre é o diabo”, lá tem gente corajosa e independente, cheio de esperança por dias melhores, pois, lá não tinha calçamento, escolas públicas municipais ou estaduais, creches, igrejas católica ou evangélica, centro espírita, etc., praças, telefones, etc. O primeiro Centro Social do Nova Esperança, situado à Rua Samuel Pereira Borba (frente) e fundos para a Rua Paraíba, foi construído pela Paróquia de Santa Rita de Cássia, através da ação social e humana dos padres Mauricio e Paulo Koelen, no inicio da década de 70, e que atualmente ainda funciona como centro social e escola municipal da primeira fase do ensino fundamental. Aqui é bom lembrar de que o primeiro telefone público foi instalado em maio de 1975 no Conjunto Nova Esperança na frente do Centro Social Prof. Mauricio, através de um requerimento do vereador Francisco Aguiar, e aprovado por unanimidade dos vereadores com assento na Casa de Antônio Teixeira. Neste bairro sempre tive e tenho muitas amizades, dentre as quais quero lembrar o meu compadre José Galego, de saudosa memória, dentre outras pessoas igualmente importantes para mim. A fotografia registra o modelo inicial do arruamento (não favela) do atual Bairro Nova Esperança, que tem muita gente que erroneamente chamam de “Boa Esperança”, em Santa Rita – PB. Fotografia do arquivo de Francisco Aguiar/1970.