O Homoerotico
O uso do corpo nos contatos sexuais homoeróticos é tratado como um desejo equivocado do homem de fazer um uso imoral (e anti-natural) de si, que apresenta “graves conseqüências sociais”.
As “práticas sexuais dos
homens homossexuais, envolvendo copulação oral
após a sodomia retal assim como a contaminação
dos dedos e das mãos durante os atos homossexuais, estão fazendo espalhar uma variedade de
parasitas, bactérias e vírus pela sociedade”.
A imagem mais recorrente da articulação entre homossexualidade, impureza, contágio, diz respeito à propagação da Aids, embora
esta não seja a única doença sexualmente transmissível que os homossexuais “vivem a espalhar”.
Assim, práticas homossexuais culminam
no castigo de Deus.
A dicotomia natureza versus anti-natureza é,
portanto, fortemente marcada a partir dela e se
estruturam em outras oposições:
Salvação x inferno,
Pureza x impureza,
Vida x morte,
Casamento x solidão,
Proteção x vulnerabilidade,
Felicidade x destruição,
Santificação x pecado.
A homossexualidade, como prática anti-natural, está sempre posicionada no pólo negativo, o que corrobora para a formação de uma imagem negativa em torno dela.