Ser Gay, uma aberração ?
O material examinado para este artigo confere maior ênfase
ao discurso que considera a homossexualidade
uma prática que se opõe à natureza, o que aponta
duas maneiras distintas de formulação.
A primeira
discute o uso natural dos corpos; a segunda enfoca especialmente a esfera do gênero.
Argumentos “naturalistas” são utilizados tanto na caracterização
de um uso sadio e apropriado do corpo, como na
proposta de manutenção dos papéis de gênero tradicionais e complementares.
Pode-se afirmar que
certo essencialismo é
re-introduzido no discurso
evangélico ao caracterizar os modelos de homem
e mulher conferidos por Deus.
Proponho portanto a vocês queridos leitores , uma discussão a esse respeito partindo de uma passagem
do livro supracitado em artigo anterior denominado "Homossexualidade", do escritor e médico cristão- Lisias Castilho, e de um fragmento da
matéria intitulada “Aberração”, veiculada no site do
Moses.
Respectivamente:
O homossexualismo humano carece de sentido
biológico, contraria a destinação anatômica dos
órgãos genitais e impede a procriação.
Por onde se introduz a comida para dentro do
corpo: é pelo nariz ou pela boca?
Por onde se
introduzem as imagens para dentro do corpo: é
pela boca ou pelos olhos?
Por onde se introduz
o perfume para dentro do corpo: é pelo ouvido
ou pelo nariz?
Por onde se introduz o esperma
para que se realize o ato de amor e se perpetue
a espécie humana:
É pela boca (sexo oral)?
É
pelo ânus (sexo anal)?
É pela vagina (sexo natural)?
[...] O homossexualismo é o abandono do
modo natural por outro contrário à natureza.
Essas passagens indicam a preocupação com
um destino “natural” que restringiria os modos de
uso do corpo.
O tema central é voltado à definição dos limites para o prazer humano.
Define-se
o lícito e o ilícito para o sexo a partir de uma
equação em que um comportamento normal e
sadio é aquele que se orienta pelas determinações de Deus, que estariam expressas no texto
bíblico.