Aprendendo a Ser Gay?
Um dos temas centrais desses artigos refere-
se à gênese da homossexualidade.
Uma discussão
acalorada acerca da origem do comportamento
homossexual apresenta-se a partir do confronto de
teorias advindas dos saberes da biomedicina – que
sustentam uma visão genética determinista com
aqueles que afirmam a “construção” da homossexualidade.
Grande parte dos autores examinam e
refutam teorias que consideram a existência de uma
pré-disposição ou tendência inata à homossexualidade, para em seguida afirmar o primado das
influências ambientais, sociais e psicológicas na
conformação das identidades homossexuais.
Lísias Castilho, médico cristão, autor do livro
"Homossexualidade", discute o tema no capítulo
intitulado ( Perspectivas biológicas ) e sustenta o
posicionamento de que os saberes científicos “são
transitórios”.
Apesar de homens e mulheres serem
diferentes “anatomicamente, hormonal e funcionalmente desde a concepção”, as diferenças entre
homossexuais e heterossexuais do mesmo sexo
nunca foram claramente demonstradas, nem na
esfera mental, nem na física.
Para o autor, diversos estudos de base científica teriam falhado em
seu esforço de demonstrar “a transmissão genética
de tendências homossexuais”.
Assim, apresenta uma apropriação seletiva de algumas teorias psicologizantes e define “como” uma
pessoa se torna homossexual:
“Abuso sexual na
infância”,
“Dificuldade na relação das crianças com
seus pais”,
“Relacionamento deficiente com o
genitor do mesmo sexo”
Estes são alguns dos fatores
que propiciariam o aparecimento dessa deficiência
ou doença.
Seu texto é ilustrativo: “Ousamos afirmar, tal como tantas autoridades no campo da
Psicologia, que o homossexual é, antes de tudo,
um doente e, como tal, passível de tratamento e
cura” .