Homofobia Gospel ( parte II )

Pesquisas recentes apontam para transformações no panorama religioso brasileiro em relação

a temáticas pertinentes à esfera da sexualidade como, por exemplo, a exigência de fidelidade

para homens e mulheres, indicando uma minimização da assimetria entre os gêneros.

No contexto evangélico, em questões como aborto, homossexualidade

e escolha sexual parece haver certa impermeabilidade à mudança.

A despeito de uma

ênfase no discurso de acolhida, permanece a idéia

de que tais práticas são pecaminosas.

Assim, ainda

que a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) se

destaque em um conjunto mais amplo de comunidades religiosas pela maior aceitação de homossexuais em seu quadro de fiéis (76% dos entrevista-

dos dessa igreja afirmou que jamais excluiria um

homossexual do espaço congregacional).

Homofobia Gospel ( parte II )

A defesa

desta atitude deve ser vista menos como aceitação

da prática homossexual e mais como “motivo primeiro para um cuidado pastoral”.

Essa postura pastoral propicia uma proliferação das falas que opera como uma verdadeira

explosão discursiva.

O foco de

interesse deste artigo é direcionado às perspectivas

de gerenciamento das práticas sexuais a partir de

um determinado discurso sobre a homossexualidade.

Trata-se de discutir, sobretudo, os nexos entre

as concepções de corpo, gênero e sexualidade presentes no discurso religioso.

Will Juiz
Enviado por Will Juiz em 22/11/2023
Código do texto: T7937433
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