PensamentoEnós-AdaptadoPorChicoDoCrato-DivaldoPereiraFranco

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Contato cdc.chicodocrato@gmail.com

Ofereço aos meus filhos,

Rafael com sua esposa Luciane e minha netinha Maria Isadora...

Rodrigo com sua esposa Alice e minha netinha Valentina...

Manuel e sua noiva Raíza.

Todos os parentes e amigos...

Leiam para suas famílias:

Certo dia, ao chegar da escola, o pequeno Zeca entrou em casa batendo forte os pés no assoalho.

Seu pai, Francisco, que saía para o quintal a fim de fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chamou o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha um tanto desconfiado.

Porém, antes que seu pai Francisco dissesse alguma coisa, o menino falou irritado:

Pai Francisco, estou com muita raiva! O Juca não deveria ter feito aquilo comigo!

Eu desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai Francisco, um homem simples, mas portador de grande sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:

O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Eu não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir para escola.

O pai Francisco escuta calado o desabafo do filho Zeca, enquanto caminha até um abrigo, onde guardava um saco cheio de carvão.

Tomou o saco de carvão e pediu ao menino que o acompanhasse até o fundo do quintal. O menino o acompanhou, sem entender bem o que estava acontecendo.

O pai Francisco abriu o saco e, antes mesmo que o filho Zeca pudesse fazer alguma pergunta, propôs algo:

Filho Zeca, está vendo aquela camisa branquinha estendida ali no varal para secar? Pois bem, faça de conta que ela é o seu amiguinho Juca, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.

Quero que você jogue todo esse carvão naquela camisa, até o último pedaço, como se fosse tiro ao alvo. Quando terminar, avise-me, que eu volto para ver como ficou.

O menino achou a brincadeira divertida e pôs mãos à obra. Todavia, o varal com a camisa estava longe, e por esse motivo, poucos pedaços acertavam o alvo.

Após mais ou menos uma hora, o garoto concluiu a tarefa e gritou por seu pai Francisco.

O pai Francisco aproximou-se devagar, olhou para a camisa e perguntou:

E então, filho, Zeca como está se sentindo agora?

O filho Zeca respondeu prontamente:

Estou cansado mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão no Juca, quero dizer, na camisa.

O pai Francisco olhou para o menino, que ficou sem entender a razão daquela brincadeira, e lhe falou com carinho:

Venha comigo até meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

Ambos se dirigiram até o quarto e o menino foi colocado na frente de um grande espelho, onde pôde ver seu corpo por inteiro.

Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e seus olhinhos.

Então o pai Francisco lhe disse com ternura:

Filho Zeca, você viu que a camisa quase não sujou, mas olhe para você...

O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos maus pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos.

Zeca sorriu envergonhado e falou:

Vou tomar um banho e depois... lavar uma certa camisa.

* * *

Quando um pensamento infeliz sai da nossa mente, abre espaço para ali se instalarem miasmas de enfermidades.

Ao contrário, quando nossos pensamentos são nobres, é como se suave bálsamo penetrasse nossa alma, inundando-a de tranqüilidade e paz.

Pensemos nisso.