Sodoma e Gomorra ( parte VI )

Existem outras evidências bíblicas que indicam que, o que os homens da cidade realmente tencionavam eram mesmo a prática da violência sexual e do estupro?

No livro de Juízes, capítulo 19, encontramos uma história semelhante a de Sodoma e Gomorra.

Um homem viajando com sua concubina chega até a cidade de Gibeá, e no versículo 15 encontramo-lo sentado na praça da cidade.

Ao anoitecer vinha um velho do seu trabalho

no campo, os encontra e os convida para pousarem em sua casa.

No começo do versículo 22 lemos:

Enquanto eles alegravam o seu coração, eis que os homens daquela cidade, filhos de Belial, cercaram a casa, bateram à porta, e disseram ao ancião, dono da casa:

Traze cá para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos (yadtha’).

Encontramos em algumas traduções:

“Traze cá para fora o homem que entrou em

tua casa, para que tenhamos sexo com ele. (yadtha’)”.

Como na história de Sodoma e Gomorra, o velho oferece sua filha virgem à população, e o homem oferece a sua concubina, mas os homens da cidade não estão interessados.

Mas ainda assim eles põem-na do lado de

fora, e ela foi estuprada e abusada toda a noite.

Quando o dia amanhece ela é liberada, e acaba por falecer à porta de casa.

A despeito do fato de a linguagem usada pela multidão nesta passagem ser a mesma usada na passagem de Sodoma e Gomorra, ainda não tivemos conhecimento de nenhum pesquisador ou comentarista sugerir que

os homens de Gibeá eram homossexuais.

Ressalte-se que enquanto os Sodomitas simplesmente ameaçaram violá-los, os homens de Gibeá consumaram o fato, chegando a causar a morte da concubina.

Ainda assim, Deus não mandou imediatamente uma chuva de enxofre e fogo sobre Gibeá como castigo pelo que os

homens haviam feito.

Se foi usada a mesma linguagem, inclusive o mesmo verbo original no Hebraico (yadtha)

em ambas as histórias, por que somente os habitantes de Sodoma são considerados homossexuais?

Por que estes acabaram por estuprar a concubina, o que não se pode considerar como um comportamento homossexual, que neste caso provavelmente não iriam querer ir além de “trocar receitas” com a concubina?

Talvez porque a história de Gibeá apresenta um detalhe adicional que não encontramos na história de Sodoma.

O homem, quando perguntado mais tarde pelos israelitas sobre o que havia acontecido, responde (versículo 20:5):

"E os cidadãos de Gibeá se levantaram contra mim, e cercaram a casa de noite, e intentaram matar-me, e violentaram a minha concubina, de maneira que morreu.

" Ele não parecia muito preocupado com sua própria ameaça de estupro (?), do que com a intenção de matá-lo.

Apesar de que Deus não fez chover enxofre e fogo do céu sobre Gibeá, ao final do capítulo 20 lemos que todos foram mortos a fio de

espada e a cidade incendiada.

Will Juiz
Enviado por Will Juiz em 20/10/2023
Código do texto: T7913384
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