O Paciente Curado
Os analistas devem desistir da pretensão de aperfeiçoar os indivíduos : o que o paciente, curado de seus desajustes, fará com seus impulsos normalizados, não nos deve interessar.
O paciente deve chegar a uma verdadeira
maturidade, isto é, à capacidade de assumir todas as responsabilidades que a vida
lhe impõe.
Se, depois do tratamento, êle quiser mudar de profissão, tornar-se religioso ou ateu, isto não cabe ao analista decidir.
Em paz com sua consciência moral, o paciente será capaz de sublimar seus impulsos trazidos à consciência.
Viverá em harmonia com seu ambiente, terá maior capacidade de trabalho e será um membro útil da sociedade.
É desnecessário salientar que esta descrição rápida do processo psicanalítico é esquemática e simplificada.
A análise prática é muito variada, revelando diariamente novos aspectos e novos problemas.
Gostaria de dar um exemplo prático do decorrer duma análise, mas isso é tarefa dificílima, quase impossível.
Um processo que se desenrola diante do analista, em um ou mais anos, não se pode
descrever em poucas palavras.
Limito-me a dar alguns exemplos nas próximas publicações, que demonstram o mecanismo da transferência como elemento essencial de uma análise.
( leiam os proximos artigos...)