Terapia Psicanalítica
Introdução
Vários artigos já foram publicados aqui por mim, quer seja sobre psicanálise, abordando casos clínicos, teoria do processo e etc..
Portanto, procurarei nestes próximos artigos conversar com vocês leitores, sobre em que consiste o processo analítico, isto é, o que acontece no consultório de um psicanalista assim como eu.
A opinião comum é que dentro de um consultório psicanalítico se fala de coisas sexuais, isto é, de assuntos proibidos ou indelicados, que tanto atraem uns, quanto repugnam a outros.
Quem já leu alguma cousa sôbre psicanálise sabe que o analista liberta o doente dos seus
complexos; poucos leigos, porém, têm uma idéia clara do conceito de "complexo".
Quem, como paciente, conhece êsse famoso complexo de Édipo, está convencido
de que, com este conhecimento, o tratamento será breve.
A verdade, porém, é bem diferente; quanto menos os pacientes sabem da psicanálise, tanto mais fácil a tarefa do analista.
Por outro lado, os médicos, conhecendo por experiência própria o poder psíquico que eles, em geral, têm sôbre seus pacientes, são incli-
nados a atribuir as curas psicanalíticas à sugestão.
Muitos já me perguntaram, irônicos, se meus pacientes já acreditaram naquilo que eu lhes sugeri.
Na verdade, porém, a sugestão não desempenha papel importante no processo da psicanálise.