O Ser G escolhido ?
O assunto em relação à escolha foi introduzido cedo na psicanálise, por Freud (1913), com a expressão;
" A escolha da neurose" e posteriormente com o conceito de;
" A escolha do objeto sexual."
Tanto no caso da escolha da orientação subjetiva, quanto no caso da escolha do parceiro sexual, trata-se de uma
escolha relacionada ao gozo, sendo assim, de como o sujeito se situa em relação ao gozo.
Lacan, ao retomar esse termo nas operações
de causação do sujeito com o conceito paradoxal de escolha forçada, indica que para a psicanálise não existe sujeito sem escolha, mesmo este sendo subvertido pela atividade do objeto mais-de-gozar.
Pode-se destacar que a homossexualidade se trata
de uma escolha de objeto e não de uma estrutura perversa.
Freud demonstra isso em seus Três ensaios
sobre a teoria da sexualidade, de 1905, onde diz:
- " A teoria popular do instinto sexual tem uma bela correspondência na fábula poética da divisão
do ser humano em duas metades – homem e mulher" ; que buscam unir-se novamente no amor.
Resulta em grande surpresa, então, saber que existem homens para os quais o objeto sexual não é a mulher, mas o homem, e mulheres para as quais esse objeto não é o homem, mas a mulher.