O Ser G Deformado ?
Esperava-se que a relação de Daniel Paul Schreber com o seu pai prosseguisse
do objetivo sexual de ser espancado para o objetivo seguinte, ou seja, o de ser possuído por ele, como uma mulher.
Porém, devido à oposição da sua
masculinidade narcísica, essa relação foi lançada de volta para uma etapa ainda mais primitiva, foi deslocada para um substituto paterno e, ao mesmo tempo, dissociada em um medo de ser devorado pelo lobo ( no caso do Homem dos Lobos - 1914.)
A partir do período do sonho, em seu inconsciente, ele era homossexual e, em sua
neurose, estava no nível do canibalismo; ao passo que a atitude anterior, masoquista, permaneceu dominante.
Já no caso da jovem homossexual, Freud analisa a questão da homossexualidade feminina no amor, onde o autor investiga o caso de uma jovem homossexual, que demonstra interesse por mulheres mais velhas.
A jovem é levada pelo pai até Freud, pois o pai queria que sua homossexualidade fosse
curada.
Porém Freud afirma que a sexualidade normal é baseada em uma restrição do objeto, e, de
maneira geral, o fato de transformar em heterossexual um homossexual não é mais promissora do que ao contrário.
A jovem homossexual analisada por Freud não apresentava desvio da compleição (deformidade) física feminina, tampouco algum distúrbio menstrual, porém a menina apresentava um tipo de comportamento
masculino, perante o seu objeto amoroso (perante a dama que amava), ou seja, mostrava a humildade e a enorme superestimação sexual do homem
apaixonado.
Ela não tinha escolhido um objeto
feminino, mas assumido uma postura masculina.
A análise demonstrou que a menina trouxe da infância um complexo de masculinidade, pois não queria ficar na sombra do irmão, ela desenvolveu uma forte inveja do pênis.
Ela na verdade era uma feminista; achava injusto que as meninas não pudessem ter as
mesmas liberdades dos meninos.