O Ser G Emasculado ?

Pela via da construção de um delírio persecutório ( perseguição) , na história do caso de Daniel Paul Schreber ( um dos casos mais emblemáticos de Sigmund Freud, embora o pai da psicanálise nunca tenha tido um encontro pessoal com Schreber ) .

Freud atribui essa emasculação ( castração ) imposta, vivida e sentida no real de seu corpo, a uma perseguição e uma grande injúria que era dirigida por Schreber ao seu médico Flechsig.

A esta fantasia de desejo feminino, Freud chama de homossexualidade passiva.

Uma grande resistência a essa fantasia ergue-se do lado da personalidade de Schreber, e a luta defensiva veio em forma de delírio de perseguição.

O médico Flechsig que era ansiado tornou-se o perseguidor.

O conteúdo da fantasia de desejo tornou-se o conteúdo da perseguição.

Schreber depois substitui, em seu delírio, a figura do médico pela superior figura de Deus, pois se era impossível conciliar-se com o papel de mulher diante do médico, não acha a mesma resistência do Eu à tarefa de conceder ao próprio Deus a volúpia que ele pede.

A emasculação já não é uma desgraça,

vem a ser conforme a ordem do mundo, toma seu lugar em um grande contexto cósmico.

Freud argumenta que observa a irrupção de

um impulso homossexual com o embasamento da psicose de Schreber.

No caso do homem dos lobos, após a sedução por parte da irmã, tentou seduzir Nanya, sua governanta, tocando seu pênis na presença desta, porém seus investimentos foram recusados, depois disso veio

a consequente supressão do início da atividade sexual, a vida sexual do garoto desenvolveu-se na direção do sadismo e do masoquismo.

O seu sadismo conservava sua identificação com o pai; porém, no masoquismo, escolhia-o como objeto sexual.

Aprofundava-se numa fase da organização

pré-genital.

Na operação do sonho com os lobos, que o

colocou sob a influência da cena primária, ou seja, a cena em que o homem dos lobos presenciou o coito dos pais, podia tê-lo conduzido a fazer o avanço no sentido da organização genital e a modificar o masoquismo em relação ao pai numa atitude

feminina, ou seja, em uma homossexualidade.

O sonho, entretanto, não ocasionou esse avanço.