O Ser G Fetichista ?
No texto Fetichismo, Freud inicia dizendo que em suas investigações observou que para alguns homens a escolha de objeto é dominada por um fetiche e coloca o fetiche como substituto para o pênis da mulher.
Cabe explicar que Freud afirma que as crianças elaboram “teorias sexuais” que se referem a uma primeira “busca pelo saber”.
"Uma dessas teorias consiste em atribuir a
todas as pessoas, incluindo as mulheres, um pênis".
O menino vê os órgãos genitais de uma irmãzinha ou companheira de brincadeira, logo suspeita de que há algo diferente, e tenta efetuar tentativas de repetir suas observações, de maneira a buscar
mais esclarecimentos.
Encobrem a contradição
entre a observação e a preconcepção pensando que o pênis ainda é pequeno e ficará maior logo, e depois lentamente chegam à conclusão de que o
pênis estava lá, antes e fora retirado depois.
A falta de um pênis é vista como resultado da castração e, agora, a criança se depara com a tarefa de chegar a um acordo com a castração em relação a si mesma.
Assim, o fetiche é um substituto do pênis, porém não é qualquer pênis, trata-se de um pênis específico e muito especial, que teve uma grande importância nos primeiros anos da infância e que depois foi perdido.
Para dizer especificamente o fetiche é o
substituto para o falo da mulher (da mãe).
O que ocorre foi que o menino se recusa a tomar conhecimento do fato de que a mulher não possui o pênis.
Pois para ele se a mulher é castrada, seu
próprio pênis está ameaçado, e contra isso se rebela a parte do seu narcisismo, com o qual a natureza precavidamente dotou esse órgão.
Freud afirma que “o adulto provavelmente
irá vivenciar um pânico semelhante quando for proclamado que o trono e o altar estão em perigo, e esse pânico levará a consequências ilógicas semelhantes” .