O Ser G incompreendido ( parte II )
Texto II
O segundo texto analisado é de Durval
Checcinato.
No artigo de Checcinato, encontra-se
trechos com ideias confusas, como por exemplo, o autor diz que os perversos buscam análise, porém na medida em que a análise desenvolve uma barreira para à sua satisfação, eles rapidamente se retiram.
E afirma que “é o que pode acontecer, sobretudo (com) os homossexuais e transexuais” (CHECCINATO,
Há uma ideia confusa, ou seja, a afirmação de que através de uma passagem ao ato,tais analisandos têm capacidade de se tornarem
analistas.
Outro argumento do autor é “sobretudo a perfuração, tão característica nos homicídios de homossexuais, parece-me ser a
procura paranoica de uma vagina que não existe e que cruelmente se acaba fabricando, mas para mergulhar no real da morte, o único que pode conter o fantasma da ambivalência”.
Checcinato mistura perversão com a homossexualidade, talvez estas ideias equivocadas do autor tenham relação com o que Lacan dizia, alegando que os analistas cuidam dos homossexuais, porém não os curam, mesmo que sejam completamente curáveis.
Porém, Lacan abandona a ideia de uma cura para os homossexuais, pois no Seminário, livro XX, Mais ainda, de 1972-1973, Lacan foca nas explicações sobre as posições sexuais em termos de sexuação.
É facultado ao homossexual colocar-se no lado homem, ou no lado mulher, das fórmulas de sexuação.
São João da Cruz é referido como um sujeito que se situou com afinidade no lado mulher das fórmulas. (LACAN, 1985)