O Ser G em Da Vinci
Quando se pensa na probabilidade histórica de
Leonardo ter se comportado em sua vida como uma pessoa emocionalmente homossexual, Freud cria na hipótese de que a homossexualidade de Leonardo Da Vinci podia ter a ver com uma relação causal entre as relações infantis dele com a sua mãe, resultando posteriormente em uma homossexualidade manifesta, mesmo sendo sublimada.
Em todos os casos de homossexuais masculinos na psicanálise, os indivíduos tinham uma ligação erótica muito intensa com uma mulher, em geral sua mãe, durante o primeiro período de sua infância, sendo esquecida posteriormente.
Esta ligação, se resulta pela demasiada ternura por parte da mãe, e depois são reforçadas pelo papel secundário desempenhado pelo pai durante sua infância.
Mas o pai de Leonardo não esteve presente em sua infância, deixando o menino
sob a influência feminina.
A presença de um pai forte assegura, no filho a escolha correta do objeto de desejo a medida que cresce, são apenas figuras substitutivas e lembrança dele mesmo no período da infância.
Seguindo o modelo do narcisismo, o homem, em alguns casos se torna homossexual quando permanece inconscientemente fixado à imagem mnêmica ( lembranças) de sua mãe, recalcando seu amor à sua mãe.
Em Lacan é possível pensar que em toda escolha amorosa se localiza o fundamento narcísico da imagem com seus mecanismos de identificação e projeção, próprios do registro imaginário, e também do registro real do objeto que confere a dimensão desejável para o parceiro.